Yamana desiste de operação milionária para monetizar Brio Gold

A Yamana Gold informou, em 22/12/2015, que suspendeu a estratégia de captar recursos para a Brio Gold devido ao bom desenvolvimento operacional dos ativos da subsidiária e às condições do mercado. A mineradora estudava uma operação de até US$ 370 milhões para retomar as operações na mina C1 Santaluz, na Bahia, e vender 80% de participação na Brio.

A mineradora canadense disse que vai manter os ativos da Brio, que são Pilar, em Goiás, e Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia, dentro de seu portfólio, pelo menos, durante o futuro previsível. A Yamana também vai avaliar outras opções relacionadas à subsidiária a partir de melhorias nas condições do mercado.

“Enquanto buscávamos monetizar a Brio Gold, sempre usamos como base alcançar uma valorização apropriada. A precificação proposta no mercado de emissão privada refletiu um equilíbrio entre necessidade por fundos e uma valorização justa. Estávamos preparados para aceitar esse equilíbrio como um trade off justo”, disse Peter Marrone, CEO e presidente do Conselho de Administração da Yamana.

Segundo o executivo, as condições atuais do mercado não ofereciam valores aceitáveis e que refletiam o verdadeiro valor dos ativos da Brio, especialmente devido ao bom desempenho operacional recente das minas. Dessa forma, a Yamana concluiu que a melhor forma de gerar valor para os acionistas no momento é manter os ativos no portfólio do que negociá-los por valores injustos.

A Yamana planejava, em novembro, uma emissão privada de ações formada por duas partes, sendo que a primeira previa captar fundos para o recomissionamento de C1 Santaluz, mina que pode contribuir com 100 mil onças de ouro por ano em pleno funcionamento.

A segunda parte seria composta pela venda de aproximadamente 80% de participação da Yamana na Brio. A mineradora emitiria papéis da subsidiária para captar cerca de US$ 208,5 milhões, antes de comissões e taxas. Após a operação, a Yamana ficaria com 20,9% das ações emitidas e em circulação da Brio ou 19,9% diluídos, participação que tem US$ 73,5 milhões de valor implícito, que é o valor da ação mais o valor dos direitos associados.

Dados divulgados em agosto pela Brio apontam que será necessário desembolsar cerca de US$ 50 milhões para colocar C1 Santaluz em operação. O estudo prévio de viabilidade econômica apontou um valor presente líquido, depois de impostos, de US$ 199 milhões, como taxa de desconto de 5% e taxa interna de retorno de 56%.

A Brio Gold foi criada pela Yamana no fim do ano passado e controla os ativos Pilar, em Goiás, Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia, além projeto de cobre e ouro Agua Rica, na Argentina.


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