Vitro do Brasil atualiza cronograma dos projetos na Bahia
Vivero destacou que a Vitro é uma empresa de capital aberto, 100% mexicana, fundada em 1909, possui mais de 16 mil colaboradores nos 34 países onde atua, dos quais 19 têm fábricas próprias. A linha de produção mundial envolve vidros para automóveis e embalagens, especialmente destinada a produtos de beleza, portanto é notadamente interessante a Bahia iniciar a industrialização de vidros com uma empresa de tamanha experiência em escala mundial.
Os projetos no Estado envolve uma unidade de lavra e beneficiamento da areia silicosa de alta pureza, em Belmonte, no sul da Bahia, que fornecerá o principal insumo da fábrica de vidro em fase de implantação em Camaçari, na região metropolitana de Salvador.
Na lavra e beneficiamento da areia serão utilizados equipamentos que permitirão uma seleção granulométrica prévia, definida conforme especificações, e encaminhada à fábrica em Camaçari. Após o tratamento metalúrgico a produção de vidros será destinada às indústrias de cosméticos e perfumaria.
Várias atividades do planejamento já foram concluídas. O Contrato de Arrendamento de Direitos Minerários da área onde está localizada a jazida, em Belmonte, foi assinado com a CBPM em fevereiro de 2015 e aguarda averbação do DNPM. O contrato de compra e venda do terreno para construção da fábrica, em Camaçari, foi publicado no Diário Oficial do Estado em setembro de 2016. Além disso, o projeto básico de engenharia já foi concluído e a licenças ambientais da fábrica e de implantação da atividade mineira foram autorizada e outorgada, respectivamente.
Segundo o cronograma a exploração da jazida deve iniciar entre julho e agosto de 2018 e o start-up das atividades operacionais da fábrica está previsto para dezembro do mesmo ano.
Considerando que os recursos para os empreendimentos estão provisionados pela Vitro, os executivos da empresa informaram que só haverá atrasos se as instituições brasileiras não finalizarem em tempo hábil os processos autorizativos, que neste caso deverão ser iniciados em fevereiro de 2017. Na hipótese de atrasos nas autorizações os projetos podem ser protelados em pelo menos um ano.
A previsão é produzir 90 milhões de peças por ano e serão gerados cerca de 430 empregos diretos nas duas unidades. O projeto está orçado em US$ 110 milhões.