Seminário da SICM discutiu mineração baiana

Aconteceu na última sexta-feira (20) um importante seminário para discutir as perspectivas e avanços da mineração na Bahia. O evento, que começou às 8h30 e se estendeu até o final do dia, foi aberto pelo secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o diretor da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, Alexandre Brust, e o Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB, Reinaldo Sampaio.

O Seminário aconteceu no Museu Geológico da Bahia, no Corredor da Vitória. Além do auditório completamente lotado, o evento atraiu importantes nomes da área geológica da Bahia e de outros estados da federação.

Na abertura do Seminário, o secretário James Correia culpou as administrações passadas pelas dificuldades enfrentadas no setor, que inviabilizaram novos investimentos. Contudo, ele disse que “o Estado tem feito um esforço para desatar o nó para deslanchar o setor mineral na Bahia através da infraestrutura”.

O presidente da CBPM, Alexandre Brust, destacou o trabalho da empresa para desenvolver o setor de mineração do estado, citando como exemplo o projeto da Mirabela do Brasil, em Itagibá, que teve participação fundamental da CBPM com as pesquisas ali desenvolvidas.

O vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, destacou que “a Bahia é um exemplo de potencialidade de rochas no mundo”. Para ele o seminário era importante porque promovia o “debate para fortalecer idéias para a proliferação da atividade mineral na Bahia”.

Participações da CBPM e João Cavalcanti
 
O Diretor Técnico da CBPM, Rafael Avena Neto, foi o primeiro a falar depois da abertura do seminário. Avena falou sobre o tema Mineração Baiana – Realizações e Perspectivas, mostrando as potencialidades e um mapeamento por região das riquezas minerais do subsolo baiano.

Depois de Avena, foi a vez do empresário João Carlos Cavalcanti, da GME4, falar sobre o tema Minério de Ferro no Sudoeste Baiano – Perspectivas. Além de mostrar com dados a situação privilegiada da mineração baiana, notadamente na região Sudoeste, Cavalcanti criticou as administrações passadas pela falta de apoio e valorização da área mineral.

Polêmico, Cavalcanti elogiou os trabalhos de mapeamentos geológicos desenvolvidos pela CBPM, mas criticou a estrutura do setor na Bahia. “Ainda falta visão empresarial e de empreendedorismo para o estado deslanchar na área de mineração”, avaliou.

O empresário também falou dos projetos que a sua empresa vem desenvolvendo no oeste baiano no município de Santa Maria da Vitória, em parceria com o grupo Votorantin. Cavalcanti também alertou sobre a necessidade de implementação da Ferrovia Oeste/Leste até o Porto Sul, “que tem que ser implantados para o desenvolvimento da região”.

Com elogios ao trabalho desenvolvido pela CBPM, Cavalcanti sugeriu ao presidente Alexandre Brust que a empresa abrisse o seu capital e criasse uma Divisão de Economia Mineral como forma para melhor desenvolver os seus trabalhos de pesquisa no estado. “A Mirabela é um exemplo da competência dos geólogos da CBPM”, elogiou.

João Cavalcanti anunciou ainda a vinda de uma das maiores siderúrgicas da China para a Bahia. Ele informou que esteve na China até a semana passada, quando conseguiu convencer os chineses a trazerem o empreendimento para o nosso estado. “O empreendimento proporcionará a geração de inúmeros empregos diretos”, avaliou.

Depois de Cavalcanti, falaram ainda outras autoridades da área mineral. Entre elas, Manoel Barreto (Diretor de Geologia e Recursos Minerais), que falou sobre Projetos da Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais (CPRM) na Bahia; Miguel Nery (Diretor Geral do DNPM), que falou sobre o Panorama da Mineração no Brasil; e Antonio Carlos Matias (Secretaria Estadual Extraordinária da Indústria Naval e Portuária), que discorreu sobre a Ferrovia Oeste-Leste e Complexo Intermodal Porto Sul.

Mesas Redondas

Á tarde aconteceram duas importantes Mesas Redondas. A primeira discutiu a situação da mineração baiana, com o tema A Produção Mineral Bruta do Estado da Bahia 2008/2009 e o Marco Regulatório da mineração, sendo moderador Miguel Nery, que substituiu o Secretário de Minas e Metalurgia do Ministério das Minas e Energia.  A segunda Mesa Redonda discutiu o tema Novos Empreendimentos na Mineração Baiana, e teve como moderador Adalberto Figueiredo, Diretor da GME4.

Fonte: Ascom
 

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