Royalties arrecadados têm alta de 61% no 1º semestre
Apesar de o principal item da pauta mineral, o minério de ferro, ter tido um preço médio de exportação mais baixo nos seis primeiros meses, de US$ 31,09, em 2016, ante US$ 42,89, em 2015, uma queda de 27,5%, o valor médio do dólar neste primeiro semestre foi de R$ 3,70 contra R$ 2,97 no ano anterior, um aumento de 24,6%. Em termos de volume, o aumento das exportações de minério de ferro foi de 6%.
Mesmo com a desvalorização cambial e o crescimento no volume produzido e exportado de minério de ferro, a alta não teria sido tão expressiva. O motivo foi, segundo o DNPM, o pagamento, pela Vale, de R$ 250 milhões em royalties atrasados a municípios de Minas Gerais, Goiás e outros Estados referente a "transporte interno indevido" de minério.
Na comparação do primeiro semestre com o de 2015, o valor arrecadado em Minas Gerais teve alta acima da média, da ordem de 74%. Goiás também registrou alta similar, de 74,5%. O Estado do Pará registrou alta de 26,7% na comparação dos seis primeiros meses deste ano com igual período em 2015, enquanto São Paulo e Bahia tiveram quedas de, respectivamente, 5,6% e 13%, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O Estado que mais arrecadou foi Minas Gerais, com pouco mais da metade do valor total, chegando a R$ 520 milhões. Em segundo lugar, ficou o Pará, com 26% do total, cerca de R$ 267 milhões. Em terceiro, vem Goiás, com R$ 61,6 milhões; São Paulo, com R$ 28,5 milhões; e, em quinto lugar, a Bahia, com R$ 18,5 milhões.