Rio Tinto inicia exploração de minério de ferro e diamante no Congo
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto está entrando no Congo em busca de minerais pela primeira vez, de acordo com o diretor para exploração da companhia, Eric Finlayson.
O movimento sinaliza a crescente importância de países em desenvolvimento aparentemente arriscados para o futuro das descobertas do setor de mineração.
“2009 marca a nossa entrada na República Democrática do Congo”, disse Finlayson, durante a Conferência Mundial de Investimento em Mineração, realizada em Londres.
A Rio Tinto está explorando minério de ferro no norte do Congo e operando em parceria com uma pequena mineradora na procura por diamantes, informou o executivo.
A expansão para o Congo ocorre no mesmo momento em que a mineradora reduz seu orçamento para exploração em mais da metade, em comparação com o ano passado, como parte de um esforço mais amplo para conservar caixa.
A perfuração em projetos de níquel nos EUA e de bauxita no Brasil, por exemplo, estão suspensas. “Nós adiamos uma série de programas de perfuração realmente caros”, afirmou Finlayson.
O executivo acrescentou que a desaceleração nos mercados de commodities, dívida e ações abriu oportunidades para compra de empresas com problemas que possuem boas perspectivas de exploração.
A Rio Tinto vai gastar entre US$ 6 milhões e US$ 7 milhões com exploração no Congo neste ano – uma pequena porcentagem do orçamento total de US$ 100 milhões estabelecido para novos projetos em 2009, segundo Finlayson.
No ano passado, a mineradora gastou cerca de US$ 220 milhões. Finlayson reconheceu a forte percepção de risco ligada ao Congo, um país afetado pela guerra civil nos últimos anos e ainda prejudicado por disputas civis e atividades rebeldes.
No entanto, o executivo disse que as mineradoras precisam pesar potenciais descobertas e o risco do país.
No segmento de diamantes, a Rio Tinto assinou no ano passado um acordo com a BRC DiamondCore que permite que a empresa anglo-australiana adquira até 60% de participação nos cinco projetos de exploração da BRC no Congo.
Em troca, a Rio Tinto financia uma parte da exploração. Geralmente, o período entre uma grande descoberta e o início da produção é de cerca de 10 anos e Finlayson afirmou que as atividades no Congo podem não levar a uma produção significativa por décadas.
Fonte: Agência Estado