Produção alcança 17 mil toneladas

Mirabela Mineração: incremento da renda da população e valorização de imóveis para Itagibá e Ipiaú

 

A Bahia é o quinto maior produ­tor de minérios no Brasil. O PIB mineral do Estado foi de R$ 1,7 bilhão, em 2010, e tende a cres­cer com a instalação de novas mineradoras a partir de 2012, mas o que diferencia o solo baiano do de outras regiões do País é a diversidade do subsolo, com cerca de 40 tipos diferentes de substâncias minerais, dos mais valorizados no mercado, como o vanádio e o níquel, às gemas e metais semipreciosos.

A expectativa é que a produção alcance mais de 20 mil toneladas no próximo ano, superando as atuais 17 mil toneladas.

A expectativa é muito boa e a área de mineração no Estado vive um verdadeiro boom, de­vendo chegar à terceira coloca­ção como produtor de minerais nos próximos anos, principal­mente depois que entrar em operação o novo projeto da Bahia Mineração, em Caetité, previsto para 2014. Com ele, também virá a nova Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL) e o Porto Sul, em Ilhéus. O con­secutivo aumento da extração de minérios em solo baiano vai criar mais 6.500 empregos dire­tos até 2015, número que pode ser multiplicado pelas oportu­nidades em serviços indiretos que serão ofertadas.

É um novo ciclo de desen­volvimento para a área, afirma Albert Hartmann, superinten­dente de Indústria e Mineração da Secretaria da Indústria. “O próximo passo é deixarmos de ser apenas exportadores de commodities e também investir em indústrias de transformação para aumentar nossa competitividade no mercado internacio­nal”, afirma.

“As cidades também devem se preparar para o ciclo pós­-mineração. As minas têm vida útil que pode chegar de 10 a 200 anos. O certo é que a riqueza um dia acaba e os municípios devem se preparar para o desenvolvimento em outras áre­as”, orienta Hartmann.

COM O PROJETO PEDRA DE FERRO DA BAHIA MINERAÇÃO, A BAHIA SERÁ O TERCEIRO PRODUTOR DE MINÉRIO DO PAÍS.

Cerca de 23 mil licenças de exploração mineral estão sendo analisadas no Estado. Destas, 1,3 mil estão em estudo pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). São pesquisas impor­tantes como o ouro de Santa Luz, o vanádio de Maracás, ferro em Ibicuí, cobre e enxofre em Juazeiro, entre outros.

Para o diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust, a pesquisa é feita priorizando a demanda do mercado, hoje concentrado no ferro, níquel e cobre. “A Bahia tem um sub­solo bastante rico. Não somos os maiores produtores, mas temos a maior diversidade. A tendência é o crescimento”, garante. Em 2012, por exemplo, começa a extração do ouro no município de Santa Luz e o vanádio, em Maracás. A Bahia se prepara para subir uma po­sição na produção mineral no País e deve alcançar, até 2014, a quarta colocação, atrás apenas de Minas Gerais, São Paulo e Pará. A mineração é a base eco­nômica de praticamente todas as indústrias, da construção civil e automobilismo, às tele­comunicações.

“Estamos impondo algu­mas regras para garantir a sustentabilidade local, como a construção de unidades de beneficiamento para trans­formar, no mínimo, 50% da produção, garantindo mais benefícios para os municípios e o Estado”, afirma Brust. Um dos entraves, segundo Albert Hartmann ainda é a geração de energia para suprir a produção das mineradoras, mas o avanço tem sido grande na construção de pequenas hidrelétricas, além da energia eólica que está se transformando em uma reali­dade no Estado.

“O custo de produção da energia eólica é mais baixo e te­mos ainda a geração de energia solar, sendo que a região oeste da Bahia é a que tem a maior concentração de irradiação no País”. Outros “gargalos” para incremento da produção tam­bém estão sendo resolvidos, o principal deles com a constru­ção da FIOL, já em andamento, que garantirá o escoamento da produção de minérios e grãos pelo futuro Porto Sul, em Ilhéus. Além dela, o trecho da Ferrovia Centro Atlântico que passa em território baiano (de Juazeiro ao Porto de Aratu) deverá ser reformulada.

O cobre corresponde hoje a 25% da produção mineral baiana, seguido pelo níquel, com 24% e o ouro, com 19%. Essa realidade será modificada quando entrar em operação o projeto Pedra de Ferro da Bahia Mineração, que terá capacidade de extração de 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro, com investimento de aproxi­madamente US$ 2,5 bilhões. Com a nova planta, a Bahia será o terceiro Estado produtor de minério de ferro do país.

Fonte: Chico Araújo – Jornal A Tarde.

Fique por dentro das novidades