?? procura de pedras preciosas

No fim deste mês chegam a Juazeiro técnicos para investigar a existência de vários tipos de minerais no município

Descobrir reservas de pedras preciosas em Juazeiro. É com esse intuito que pesquisadores da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia devem visitar a cidade até o fim deste mês. Eles foram convidados pela prefeitura para constatar a existência de jazidas de minerais raros no município, após pesquisas preliminares feitas por empresários locais. Segundo levantamento inicial, o solo de Juazeiro pode esconder recursos valiosos como mármore, granito e até mesmo pedras preciosas, como diamantes e ouro.

As primeiras pesquisas foram feitas há quatro meses, sob a coordenação do Centro de Treinamento de Lapidação Artesanal e Adorno Mineral de Juazeiro (Agamesf). Segundo o fundador da entidade, Antônio Cursino, três locais do município possuem recursos minerais importantes. “O primeiro é a região de Manga e Pau Preto no Salitre, onde achamos reservas de mármore Bege Bahia e de pedra portuguesa. Descobrimos ainda quartzo ametista, mármore branco e calcário na comunidade Boa Sorte, no distrito de Itamotinga. além de jazidas de granito cinza nas proximidades da Serra do Mulato.

Esse material participa da produção de brita, lajotas e paralelepípedos, usados na construção civil.” Mas, Cursino acredita que também há outros tipos de minerais preciosos. “Juazeiro é rico em rochas metamórficas, que formam as pedras preciosas. Acho que podemos encontrar diamantes, ouro, topázios, quartzos verdes, cristais. A cidade é rica em minerais que não são explorados como deveria”, argumenta. Para ele, a vinda de especialistas é necessária para comprovar a existência dos recursos e implantar núcleos de extração dos minérios.

A visita dos pesquisadores foi combinada em uma reunião ocorrida na prefeitura com o representante da Agamesf, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Juazeiro, Carlos Neiva, e o coordenador de Mineração da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, Albert Hartmann. Segundo Carlos Neiva, se constatada a presença dos minérios, estudos serão feitos para avaliar a viabilidade econômica e a sustentabilidade social e ambiental da extração dos recursos. “Existem empresas que trabalham com garimpo em Juazeiro. Faremos de tudo para que esse setor cresça gerando emprego e renda na cidade”, disse. Os técnicos ficarão na cidade de 15 a 20 dias. “Essa ação faz parte do nosso esforço para mapear e potencializar o desenvolvimento econômico do município” revelou Carlos Neiva. “Também vamos fazer o possível para que a extração dos minerais não prejudique o meio ambiente”, completou.
 

Fonte: Diário do Commercio

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