Pesquisa mineral na CBPM ganha novo aliado tecnológico em 2016
A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), adquiriu dois analisadores portáteis por fluorescência de raios-X, tecnologia avançada e ferramenta imprescindível atualmente para a prospecção mineral.
Os novos equipamentos são capazes de armazenar até 500 mil resultados de análises, com autonomia de quatro horas de funcionamento ininterrupto. Também vão proporcionar uma redução de aproximadamente 70% do número de amostras enviadas para análise geoquímica em laboratórios especializados, já que os resultados são precisos, proporcionando redução substancial nos custos da empresa, não só em análises, como também de logística.
Por atuar em todo o Estado da Bahia, a CBPM está entre as empresas que mais enviam amostras para análise química. Para se ter uma ideia, em 2014 a companhia encaminhou para serem avaliadas quase 11 mil amostras entre rocha, solo e testemunho de sondagem. Com a alta do dólar houve um aumento substancial nos preços dos reagentes usados pelos laboratórios, onerando as empresas de pesquisa mineral.
Com os analisadores portáteis de raios-X os técnicos da CBPM poderão fazer as análises químicas em campo, descartando amostras que não necessitam de avaliação detalhada em termos de substâncias presentes nas rochas. Isso vai representar um incremento na produtividade, com o ganho de tempo e diminuição do número de amostras enviadas para laboratório. Atualmente os resultados demoram pelo menos 30 dias.
Os equipamentos são capazes de fazer a análise diretamente nas amostras, sem a necessidade de preparação (britagem e moagem), com a possibilidade de identificar até 45 elementos químicos ao mesmo tempo, incluindo metais base, ouro, minério de ferro, urânio, terras raras, entre outros, além da análise de contaminantes em solo e em sedimento para controle ambiental, o que vai auxiliar os trabalhos de recuperação de áreas degradadas. Os dados são organizados por data e podem ser exportados diretamente para um computador convencional, em formato de planilha, reduzindo a possibilidade de falha humana na transferência de dados.
Os profissionais de campo da CBPM estão sendo treinados por um técnico da Anacon Científica, empresa que representa o fabricante do produto no Brasil. Na segunda-feira (1º) os empregados participaram de uma exposição sobre o funcionamento e testaram os analisadores em algumas amostras. Na terça-feira (02) a análise foi feita em um dos furos de sondagem na litoteca da empresa, no Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho. No local está armazenado todo o acervo de amostras da CBPM, coletados nos 43 anos de pesquisa.