Palestra na CBPM aborda Projeto Fosfato Brasil
13/04/2015 – 17h00
Técnicos da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) participaram na última sexta-feira (10), no auditório da empresa, de mais um encontro do ciclo de palestras planejado para este ano. Na pauta o Projeto Fosfato Brasil – metalogenia exploratória e resultados potenciais na Bahia, apresentado pela coordenadora nacional do projeto, Maisa Abram, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
A geocientista começou mostrando um panorama da produção e reservas de fosfato, em que o Brasil foi responsável por menos de 0,5% da produção mundial com 315 milhões de toneladas processadas em 2013, enquanto em todo o planeta foram produzidas 67 bilhões de toneladas.
Durante a palestra Maisa Abram lembrou que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos e tem grande extensão territorial disponível para a agricultura, entretanto os solos são muito ácidos e pobres em macronutrientes. “Para elevar a produção, não só no Brasil, mas em todo o mundo, é crescente a demanda por fertilizantes fosfatados, cuja matéria prima não tem substituto”, afirmou.
“Por isso, o governo criou o projeto com o objetivo de descobrir novos depósitos de fosfato, estratégico para o país, e assim, ampliar a produção para reduzir a dependência externa desse insumo mineral”, concluiu Maisa.
A geocientista fez ainda uma explanação sobre os estudos geológicos, geoquímicos e geofísicos que são realizados no Brasil. Na Bahia foram identificadas ocorrências de mineralizações de fosfato que precisam ser melhor estudadas.
O projeto de Irecê, descoberto pela CBPM e explorado pela Galvani deve ser ampliado a partir desse ano. Outra área com reservas de fosfato é Angico dos Dias em Campo Alegre de Lourdes, no norte do Estado, também explorada pela mesma mineradora.
Elaboração: Amarildo Barbosa (Ascom/CBPM)