MMX volta a produzir minério em Corumbá

A MMX, empresa de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, retomará hoje a operação de sua mina de minério de ferro em Corumbá (MS).

A produção ficou paralisada durante cinco meses, devido à retração na demanda por produtos siderúrgicos com o agravamento da crise internacional.

Mesmo com a retomada, a empresa decidiu suspender, por tempo indeterminado, as operações de metalurgia e siderurgia na região de Corumbá.

Com a suspensão por tempo indeterminado, a empresa demitiu 326 pessoas, sendo 249 trabalhadores da unidade de metálicos, 22 trabalhadores na unidade de mineração, e 55 na unidade florestal.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a MMX explicou que, mesmo mantida a paralisação da planta de ferro-gusa, que consome 35% do minério produzido pela mina do grupo, em Corumbá, a MMX possui contratos de venda com outros clientes, que precisam ser cumpridos.

Na prática, o retorno foi decidido em função desses compromissos. Ou seja: o retorno da produção mineral não estaria relacionado a uma visão de recuperação de mercado, e sim à necessidade de manter os embarques contratados com os clientes que, mesmo operando parcialmente, ainda estão consumindo minério de ferro, segundo a empresa. Essa visão é compatível com a manutenção da suspensão das atividades da unidade de metálicos.

A empresa condicionou a retomada das operações dessa unidade à recuperação do setor siderúrgico no País e no mundo e classificou como “inevitável” a reestruturação, que incluiu as demissões.

Na análise da MMX, há uma ausência de perspectivas de melhora a curto e médio prazos no cenário econômico mundial, no setor de siderurgia.

Os trabalhadores demitidos terão benefício de R$ 1.100, e manutenção por três meses de vale alimentação, no valor de R$ 210 por mês.

Os planos de saúde e odontológico para os demitidos e seus respectivos dependentes também serão mantidos pelo mesmo período.

No final do ano passado, o diretor-geral da empresa, Joaquim Martino Ferreira, informou que não pretendia fazer demissões na unidade de Corumbá.

CAPACIDADE

Cerca 25% do total produzido na mina é destinado à produção de ferro-gusa, um dos produtos mais afetados pelo recuo na demanda siderúrgica.

Iniciado em dezembro de 2005, o sistema MMX Corumbá foi planejado para produzir 6,3 milhões de toneladas por ano de minério de ferro e 400 mil toneladas anuais de ferro-gusa na unidade de metálicos, que conta com dois altos-fornos.

Fonte: Agência Estado

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