Minérios – Exploração e desenvolvimento

Apenas 30% do território nacional está mapeado. Bahia lidera requerimentos de pesquisa

 Números do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) mostram que, entre 2009 e 2010, a produção mineral brasileira cresceu 67%, atingindo US$ 40 bilhões. Só na última década, a expansão foi de 400% no País. O aumento da população mundial, sobretudo da China e da Índia, e a alta dos preços do minério no mercado internacional estimularam o setor, que responde por 4,2% do PIB nacional e 20% do total das exportações. 
 
Paralelamente a esse avanço, os investimentos em pesquisa mineral chegaram a US$ 500 milhões em 2010, conforme divulgação do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM. Nos últimos cinco anos, empresas captaram US$ 463 milhões na bolsa de Toronto, no Canadá (TSX), para o desenvolvimento de 163 projetos de exploração mineral no Brasil. Essas  pesquisas foram focadas em ouro, cobre, níquel, fosfato, diamante e minério de ferro.
 
No balanço do DNPM, as descobertas de novas jazidas de minerais metálicos, como minério de ferro, mostram-se mais representativas, atingindo 2,5 bilhões de toneladas, com teor médio de 42%, representando acréscimo de 5% nas reservas brasileiras do produto.
 
Os agregados utilizados na construção civil, como areia, argila, granito, saibro, brita e cascalho, tiveram o quantitativo de suas respectivas reservas ampliado. “Esses dados avalizam o fornecimento de matéria-prima para obras de infraestrutura do governo federal previstas no PAC, como a minérios, exploração e desenvolvimento. Apenas 30% do território nacional está mapeado.
 
Bahia lidera requerimentos de pesquisa N construção de hidrelétricas, rodovias, e impulsiona o programa Minha Casa Minha Vida ao garantir o atendimento da demanda sem aumento de preços”, avalia o diretor geral do órgão federal, Miguel Nery.
 
Quinta no ranking nacional, a produção mineral baiana é responsável por 1,7% do PIB estadual (R$ 1,64 bilhão). Hoje, com 40 tipos de minérios e mais de 350 empresas exploradoras, ocupa o primeiro lugar em requerimentos de pesquisa junto à Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O Estado também lidera a produção de urânio, barita, cromita, magnesita, talco e salgema. É o segundo em cobre, bentonita, níquel e gemas como ametista, esmeralda e água marinha, e o terceiro em rochas e granitos.
 
O presidente da CBPM, Alexandre Brust, aposta na expansão do mercado regional através do uso de tecnologias avançadas, a exemplo dos levantamentos  aerogeofísicos, que propiciam às empresas de mineração maior conhecimento do solo baiano. É a partir desses aportes que a Companhia abre processo de licitação para a exploração dos recursos.
 
“Como a maturação média dos projetos de mineração é da ordem de dez anos, não há relação direta e imediata entre o número de requerimentos e o aumento da produção mineral. As novas oportunidades tornarão o estado o 4º maior produtor até 2012” explica Brust, adiantando que quatro áreas para exploração já foram licitadas, com previsão de mais 12 até o final deste ano.
 
Fonte: CREA-BA

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