Mineração Caraíba elabora plano de recuperação judicial

A Mineração Caraíba, em recuperação judicial desde fevereiro deste ano, está trabalhando no desenvolvimento do plano de recuperação que será apresentado aos credores. A mineradora, que possui projetos de cobre na Bahia e no Pará, passa por problemas financeiros desde o ano passado devido aos baixos preços do cobre na London Metal Exchange (LME).

As fortes chuvas de janeiro, que prejudicaram a produção na Mina Subterrânea, em Jaguarari (BA), principal fonte de minério da companhia, também foram listadas no comunicado enviado pela empresa aos trabalhadores, em 4 de fevereiro deste ano. No documento, a companhia afirma que ajuizou um pedido de recuperação judicial no dia 3 de fevereiro, na Comarca de Jaguarari.

"Ações imediatas que visam criar condições mais favoráveis para produção e geração de caixa estão sendo tomadas. Estas ações estão voltadas para a redução de gastos e retomada de produção na mina a céu aberto, bem como níveis superiores da MSB", declarou a empresa no documento.

A mineradora disse, por e-mail e telefone ao Notícias de Mineração Brasil (NMB) na terça-feira (5), que não há novidades sobre o processo de recuperação judicial. Por causa do processo, a metade do 13º salário dos empregados que seria paga em março, conforme acordo coletivo, foi adiada para o fim deste ano e deve ocorrer em novembro ou dezembro.

A Mineração Caraíba possui os projetos de cobre Vermelhos, em Juazeiro (BA); Boa Esperança, em Tucumã (PA); Suçuarana, em Jaguarari (BA); e Angicos, em Curaçá (BA).

Em dezembro do ano passado, a empresa disse que trabalhava em um plano de ações que vão desde a suspensão de projetos para 2015 e 2016 até a renegociação com parceiros e colaboradores, com o objetivo de assegurar os pagamentos previstos, reduzir demissões e garantir a sobrevivência da empresa. A medida foi tomada, segundo a companhia, por causa da redução significativa dos preços do cobre na bolsa de mercadorias de Londres.

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