Maioria dos metais opera em queda, acompanhado mercados de ações

Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registravam predominantemente baixa nesta segunda-feira, com as perdas lideradas pelo cobre, devido a uma combinação de recuo nos mercados de ações e aumento nos estoques da Shanghai Futures Exchange (SHFE), disseram analistas.

Às 7h27 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 3.630,00 por tonelada na LME, queda de 2,4% ante o fechamento de sexta-feira. O zinco recuava 1,2%, a US$ 1.215,00 por tonelada, e níquel caía 1,5%, a US$ 9.701,00 por tonelada.

O estanho tinha desvalorização de 1,3%, a US$ 11.100,00 por tonelada. Já o alumínio subia 0,1%, a US$ 1.311,00 por tonelada, e o chumbo ganhava 1,4%, a US$ 1.232,50 por tonelada. Na Comex eletrônica, às 8h59 (de Brasília), o contrato do cobre para março recuava 2,65%, para US$ 1,6360 por libra peso.

O relatório semanal sobre estoques da SHFE divulgado na sexta-feira mostrou um aumento na semana de 10.136 toneladas para 38.468 toneladas nos estoques de cobre. Já na LME, os estoques de cobre continuam caindo, perdendo 3.325 toneladas nesta segunda-feira para 518.700 toneladas.

"O aumento dos estoques na SHFE é preocupante porque acreditava-se que a demanda estava aumentando ou, pelo menos, havia expectativa de uma demanda maior na China", afirmou o analista Robin Bhar, da Calyon Metals.

Outro aumento nos estoques da SHFE pode significar que a demanda não está melhor agora, segundo Bhar. "Estamos vendo uma redistribuição nos estoques – os metais estão saindo da LME e indo para a SHFE, em vez de irem para o mercado físico", disse Bhar.

Segundo analistas, os preços podem se consolidar, e alguns deles esperam uma queda, já que um movimento de alta depende de a China continuar comprando metais enquanto a demanda no resto do mundo permanece fraca.

Segundo David Wilson, do Société Générale, um aumento sustentado na demanda chinesa deve ocorrer mais para o fim do ano, impulsionado pelo pacote de estímulo econômico do país.

No entanto, "a alta dos preços na semana passada pareceu prematura com pouco suporte de fundamentos, então é possível que ocorra uma correção para baixo nesta semana", disse ele.

Fonte: Agência Estado

Fique por dentro das novidades