Demanda por minerais empregados em tecnologia ultrapassa a produção mundial

China é praticamente o único fabricante dos minérios usados em telas, microfones, discos rígidos e outros produtos

Um relatório do congresso dos EUA indica que a produção de terras-raras no mundo não é suficiente para atender a demanda. Entre os minerais classificados como “terras raras” estão o neodímio, base de imãs poderosos usados em microfones e discos rígidos e o lantânio, empregado na produção de lentes fotográficas.

Segundo o relatório, a produção mundial é de 124.000 toneladas por ano (ton/ano), enquanto a demanda atual ultrapassa 134.000 ton/ano, crescendo até 200.000 em 2014. Como projetos de mineração demoram para iniciar a produção, a expectativa é de que a produção não ultrapasse os 160.000 ton/ano no período, potencialmente provocando escassez de recursos.

Apesar do nome, as terras-raras não são elementos verdadeiramente raros na Terra – algumas chegam a ser mais abundantes que metais como o cobre. A dificuldade na extração desses minerais, que somam 17 elementos, reside na sua separação de outra substâncias, pois em vez de se concentrar em veios, como o ouro, as terras-raras estão dispersas e precisam ser separados quimicamente.

Atualmente, essa extração só é economicamente viável em poucas regiões, sendo a China o maior produtor mundial dos minérios, fornecendo 97% da matéria prima, a maior parte processada internamente e exportada como produto acabado. Para o relator, a preocupação é a dependência dos EUA para a produção de equipamento bélico, que reside não só na extração como também no processamento do minério, explica o site Ars Technica.

Entre os outros países produtores citados no relatório está o Brasil, mas com reservas nacionais baixas e pouco exploradas. O relatório completo está disponível no site da FAS Federation of American Scientists no link http://www.fas.org/sgp/crs/natsec/R41347.pdf.

Fonte: Ùltimo Segundo

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