Crescimento sob a terra

A Bahia se prepara para ser o terceiro maior Estado brasileiro em produção mineral até 2014, e já tem diversos investimentos planejados por grandes empresas

Quinze bilhões de reais em investimentos e a terceira posição nacional em produção mineral. Essas são as expectativas que o Governo do Estado da Bahia tem para o setor de mineração nos próximos anos, com a consolidação do crescimento deste segmento e de investimentos que já estão planejados por grandes empresas, e que devem ser tornar uma realidade até 2014.
A expectativa declarada pelo Secretário da Indústria Comércio e Mineração, James Correia, se justifica. Hoje, a Bahia é o quinto maior produtor de bens minerais do país, e teve sua produção mineral comercializada dobrada nos últimos três anos, passando de R$ 850 milhões em 2007 para R$ 1,7 bilhão em 2010.
O Estado é hoje o primeiro do país em requisições de área para pesquisa mineral, atingindo 14 mil áreas, e tem mais de 350 mineradoras em atuação em seu território. A mineração baiana gera o equivalente a 2,7% do PIB estadual. “Com a implantação do Complexo Porto Sul, que vai significar um grande avanço no setor logístico do Estado, a mineração dará um salto ainda maior”, espera o secretário.
Correia destaca que diversos investimentos estão projetados por empresas na Bahia. Um deles é o projeto Pedra de ferro, da Bahia Mineração (BAMIN), que, segundo o presidente da empresa, José Francisco Viveiros, deve atingir R$5 bilhões.
“Se pudermos avançar, como previsto, o desembolso destes recursos será todo efetuado entre 2012 e 2014”, revela. “Com o projeto Pedra de Ferro, a Bahia  passará da quinta para a terceira posição no ranking dos estados produtores de minério de ferro, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Pará e ultrapassando os estados de Mato Grosso e Amapá”, afirma. A produção anual projetada para a mina da Bahia Mineração é de 20 milhões de toneladas por ano de minério de ferro.
De acordo com o secretário James Correia, outros investimentos menores também estão sendo projetados, como o de R$ 400 milhões que deve ser feito pela empresa Magnesita, e o de R$ 600 milhões, planejado pela Ferbasa. “Nós pensamos a Bahia em cadeias produtivas, e, com certeza, a cadeia de mineração é uma das importantes hoje para o Estado”, assegura.
A Expectativa positiva em relação ao setor de mineração no Estado se justifica também pela ampla gama de produtos. “A Bahia tem uma riqueza muito grande, que vai desde o ouro até as pedras, passando pelo níquel, ferro, cobre, Magnesita, cromita, talco e vários outros minerais”, enumera Correia.
SOCIAL – O Secretário James Correia aponta que o crescimento do setor de mineração no Estado significa um acréscimo na arrecadação, e, em conseqüência, mais recursos para os investimentos públicos. Além disso, o setor tem uma importância social, afirma.
“A mineração é uma atividade distribuída em diversas regiões do interior da Bahia, que beneficia estas populações e vai, com os novos investimentos, trazer um crescimento importante em renda, empregos e até mesmo profissionalização”, salienta.
Além das grandes empresas, a atividade mineradora no Estado é também constituída por pequenos produtores, e emprega milhares de pessoas. “Temos, por exemplo, o segmento de jóias e de carga tributária de 17% para 4%, valorizando esta produção, enfatiza Correia.
Fonte: A Tarde

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