CPRM quer atrair investidores com projeto Diamante Brasil

O projeto Diamante Brasil, que mapeou 1.344 corpos kimberlíticos no país, disponibilizou para consulta no site do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informações sobre os principais aspectos da geologia do diamante no país, incluindo fontes primárias e secundárias, além de perspectivas econômicas. Segundo Eduardo Ledsham, diretor-presidente da CPRM, esse é mais um trabalho em busca de alavancar o setor minerário brasileiro.

"Acredito que é um evento, onde a gente está consolidando o estado da arte em termos de investimento tanto privado quanto público. Isso faz parte de um programa para acelerar e disponibilizar um banco de dados em diversas áreas. Nossa proposta é colocar toda informação disponível pública e agregar conhecimento de valor para alavancar e atrair novos investidores", afirmou Ledsham, durante a abertura do evento de lançamento do projeto.

"A CPRM está contribuindo para diversificação da matriz mineral brasileira", afirmou o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Vicente Lôbo. Além de mapear 1.344 corpos kimberlíticos, o projeto, que foi iniciado em 2010, também comprovou a existência de 20 campos diamantíferos, 804 ocorrências, 142 garimpos e 42 campos kimberlíticos.

Lôbo elogiou o trabalho realizado pelos técnicos da empresa e afirmou que ele "serve como força motriz dentro do Programa de desenvolvimento que estamos elaborando na Secretaria para fortalecimento e revitalização do setor mineral brasileiro." O secretário disse que a CPRM tem um papel fundamental dentro dessa política de desenvolvimento, que é da diversificação da matriz mineral brasileira. "Ela cumpre na íntegra o seu trabalho de valorar o conhecimento do subsolo brasileiro e ofertar esse conhecimento para alavancar novos investimentos em exploração mineral", disse.

Luis Mauricio Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), declarou que o projeto Diamante Brasil é um exemplo positivo de trabalho em parceira entre o governo e a iniciativa privada.

"Esse projeto resume tudo que a gente espera do governo, que é disponibilizar informação básica para que os investidores possam tomar decisões e orientar seus investimentos", afirmou. Azevedo afirmou que a CPRM voltou, de fato, a fazer o seu papel de fomentadora do setor. "Acho fundamental a CPRM fazer esse papel que ajuda a entender na verdade o que é o risco, mas também quais são as vantagens. E só o governo pode dar essa credibilidade", disse.

Juliano Magalhães Macedo, representante da GAR Mineração, disse que a divulgação dos dados do projeto de maneira organizada, clara, objetiva é um exemplo a ser seguido para outros segmentos. "Esse é o caminho. Que tenhamos mais eventos como este para outras substâncias minerais", afirmou. De acordo com a CPRM, o levantamento do projeto Diamante Brasil contribui para impulsionar novos investimentos em pesquisas de prospecção mineral. No projeto constam informações atualizadas com áreas potenciais para prospecção e exploração de diamantes, além de reunir em um banco de dados informações geológicas, geofísicas, geoquímicas, petrográficas e econômicas dessas áreas pesquisadas.

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