Convênio do Prisma beneficia mais uma comunidade quilombola
05/09/2014 – 17h00
A CBPM e a Associação Quilombola de Cariacá e Adjacências, em Senhor do Bonfim, norte da Bahia, assinou um convênio do Programa de Inclusão Social da Mineração (Prisma) para instalação de um núcleo de treinamento, que prevê a capacitação de 16 artesãos. O objetivo é a produção de estatuetas. Este é o terceiro convênio firmado com comunidades quilombolas.
Segundo o presidente da CBPM, Alexandre Brust, a Bahia tem mais de três mil comunidades quilombolas, mas pouco mais de quatrocentas são reconhecidas. A ação, inédita na empresa, quer evitar o êxodo de jovens dessas comunidades. “Pela primeira vez na sua história, em 41 anos, a CBPM procura dar suporte as comunidades quilombolas como forma de sobrevivência e manter os jovens ligados às suas raízes”, concluiu Brust.
Na fase inicial serão adquiridos os materiais e equipamentos para instalação da unidade produtiva em um galpão da própria comunidade. Após a prestação de contas inicial, terá início a segunda etapa com a contratação de um instrutor, que vai treinar os futuros artesãos e um período de oito meses.
O Coordenador Nacional das Comunidades Quilombolas, Valmir dos Santos, que participou da celebração do convênio, revela que a comunidade é muito carente, sofre com a evasão das famílias de suas terras e sobrevivem com o auxílio do Programa Bolsa-Família. Segundo ele, a ação deve trazer respostas positivas para a comunidade. “A fábrica de estatuetas vai gerar renda, além de promover a capacitação de muitas pessoas. Os quilombolas sobrevivem predominantemente da agricultura, mas a regularidade de chuva não é hoje como no passado”, afirmou Valmir.
A presidente da Associação Quilombola de Cariacá, Marleide Passos, também é vítima da falta de oportunidades. “Estou começando agora nessa caminhada. Iria sair do meu lugar e ir para outra cidade, mas decidi ficar por causa dessa oportunidade e confio que esse projeto vai gerar trabalho e renda para a nossa carente comunidade para os jovens não querer migrar para grandes cidades”, revelou Marleide.