Consumo mundial de vanádio pode chegar a 120 mil toneladas por ano
O consumo mundial de vanádio pode chegar a 120 mil toneladas por ano, o dobro das 60 mil toneladas que são consumidas atualmente, segundo informações do ResourceStocks. O crescimento no consumo deve ocorrer depois que a China, responsável pela produção anual de 30 mil toneladas de vanádio, adotou regulamentações que exigem que as barras de aço das edificações sejam reforçadas com vanádio.
Essa medida foi adotada pelo governo chinês depois das consequências causadas pelo terremoto de 2008 em Sichuan. O ferro-vanádio, que passou a ser exigido pelo pais asiático para reforçar as edificações, dobra a resistência do aço.
O Vanadium International Technical Commitee (Vanitec), comitê formado pelos maiores produtores de vanádio do mundo, realizou uma conferência em abril de 2014, em Perth, na Austrália. O encontro foi organizado pela Yellow Rock Resources (YRR), que explora recursos de minério de ferro com alto teor de vanádio, urânio e prospectos de cobre e ouro.
O comitê realizou a conferência na Austrália pela primeira vez. O encontro teve a presença de companhias chinesas, austríacas, finlandesas, sul-africanas e russas, incluindo a Evraz, que é a maior produtora e distribuidora de vanádio do mundo. O Vanitec incentiva o uso de materiais a base de vanádio para aumentar o consumo de aço e titânio.
O carro-chefe da YRR é o projeto Gabanintha, que fica na Austrália. Estudos realizados no site apontaram recursos JORC de 125,8 milhões de toneladas de ferro-vanádio-titânio (FeVTI). Outros estudos de exploração identificaram que o corpo mineral pode ter até 800 milhões de toneladas de FeVTI, fator que faz da YRR um player importante no cenário mundial.
O crescimento econômico exponencial da China e a necessidade de reforçar os edifícios contra os desastres naturais fizeram com que o vanádio ficasse no centro das atenções para os governos e, posteriormente, para os investidores.
A YRR atraiu o interesse de compradores chineses de minério de ferro. A mineradora enviou amostras do projeto Gabanintha para duas empresas do país asiático depois de ter se reunido com representantes durante a conferência da Vanitec em Pequim, em setembro do ano passado.
O porta-voz do evento da Vanitec, na Austrália, disse que as baterias recarregáveis de fluxo são responsáveis pelo crescimento do interesse no investimento de vanádio. A bateria foi criada pela Nasa com o objetivo de guardar energia renovável para satélites e estações espaciais.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil