Apesar da conjuntura difícil, a Ferbasa está comemorando bons resultados em 2015. Mesmo tendo operado a 75,4% de sua capacidade instalada e produzido -8,3% de ligas (262 mil toneladas), a empresa registrou um Ebitda ajustado de R$ 250,3 milhões, valor 83,6% superior ao de 2014 e um lucro líquido de R$ 173,7 milhões, com aumento de 93% em relação ao ano anterior. O aumento deve-se basicamente aos efeitos positivos da variação cambial.

Os investimentos somaram R$ 111,1 milhões, sendo a maior parte (40,7%) destinada à área de metalurgia (reforma dos fornos, pontes rolantes e cast machine). A área florestal (manutenção de florestas e instalação de fornos retangulares) recebeu 36,8% dos recursos, enquanto a mineração ficou com 22,1%, sendo os recursos voltados para desenvolvimento de galerias, instalação de raio-X para separação dos minérios e aquisição de equipamentos.

Para 2016 estão previstos investimentos de R$ 293,2 milhões, direcionados às três áreas. Na mineração, a empresa pretende adquirir um novo equipamento de raio-X e promover melhorias na lavra. Na metalurgia continua o processo de modernização dos fornos e na área florestal prossegue o programa de instalação de fornos retangulares.

Durante reunião pública promovida pela Apimec, em São Paulo, a Ferbasa anunciou que pretende ingressar no mercado de energia eólica, provavelmente adquirindo participação em algum projeto na região Nordeste. Atualmente a empresa, que é grande demandante de energia, tem contratos de fornecimento com a CHESF (150 megawatts pelo período de 20 anos, no modelo take or pay) e no mercado livre (50 megawatts que a empresa pode utilizar ou comercializar no mercado).