Cabral Mineração investirá US$ 2,2 bilhões na Bahia
A unidade terá capacidade de produção de 15 milhões de ton/ano de minério de ferro
O projeto inclui a construção de uma unidade industrial no município de Livramento de Nossa Senhora para fabricar concentrado de ferro com teor entre 67% e 69% com capacidade de produção de 15 milhões de ton/ano. O mercado chinês será o principal consumidor do produto fabricado no Brasil que é utilizado em empresas siderúrgicas para a produção de aço.
“A vinda deste projeto para o Brasil e para Bahia é mais uma evidência do excelente trabalho desenvolvido por esse governo, da importância do fortalecimento da economia. Hoje temos mais de R$ 15 bilhões de investimentos em mineração em curso no interior”, afirma o governador Jaques Wagner.
A Cabral Mineração é uma subsidiária da empresa australiana Cabral Resources e esse é o primeiro investimento da multinacional fora do seu país de origem. Segundo Bruno Ribeiro, diretor da empresa no Brasil, a escolha do País foi uma combinação de vários fatores. “Levamos em consideração a geologia, o interesse do governo brasileiro que apoia os investimentos em mineração e o risco soberano baixo. O Brasil é um país forte e aqui sabemos que nosso negócio está seguro”, afirma Ribeiro.
A infraestrutura oferecida pela Bahia com a Ferrovia de Integração Oeste Leste e o Complexo Intermodal Porto Sul foram decisivas para a escolha do estado. “As soluções de infraestrutura são ingredientes-chaves para uma operação bem sucedida com minério de ferro. A Cabral deu um grande passo com a assinatura desse protocolo, já que a mina baiana é nosso principal projeto pelos próximos 20 anos”, diz Ribeiro.
A unidade, que deve gerar aproximadamente 850 empregos diretos, vai começar sua produção até o final de 2015. A mineradora está prestes a iniciar a fase de sondagens, quando a empresa dimensiona com maior precisão a reserva de minério existente. “Cada protocolo assinado é uma nova aposta na promoção de empregos e no desenvolvimento de uma tecnologia moderna que intensifique o desenvolvimento do Estado”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.
Quinto produtor brasileiro de bens minerais, a Bahia figura como o principal alvo de requerimentos de pesquisa no País. O Estado possui mais de 350 mineradoras, que geram um volume de quase 13 mil postos de trabalho, dos quais 11,4 mil estão no interior, especialmente na região do semiárido, onde a oferta de emprego é mais escassa.
Outros investimentos – Em Caetité, município no sudoeste do Estado, a Bahia Mineração (Bamin) descobriu uma mina com potencial produtivo de 398 milhões de toneladas de minério de ferro. A empresa é responsável pelo maior investimento individual no Estado: US$ 2,5 bilhões nos próximos três anos. A empresa estima que a produção inicial do projeto, chamado Pedra de Ferro, será de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com início das operações a partir de 2014.
A Mirabela Mineração do Brasil, que explora níquel em Itagibá desde 2009, conta com 950 funcionários. A mina Santa Rita, onde a empresa opera, é a segunda maior de níquel a céu aberto no mundo e tem reservas de 159 milhões de toneladas. Esse volume deverá manter a empresa no local pelos próximos 23 anos.
Antes da descoberta do níquel na região, a pecuária e o cacau eram as principais atividades econômicas de Itagibá e o município passava por situação financeira difícil. A chegada da mineradora aqueceu a economia local, gerando empregos diretos e indiretos.
Fonte: SICM