Brasil, um dos maiores produtores do mundo de minério de ferro aumenta a importação de aço

Por mais ufanistas que possamos ser temos que enfrentar a verdade nua e crua: continuamos simples produtores de matéria prima e sem valor agregado.  

Somos o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo, com expectativas de crescimento de mais de 6% em 2013, mas infelizmente, exportamos concentrados finos e/ou pelotizados  com pouquíssimo valor agregado. 

As nossas exportações de aço estão melhorando, em 2011 cresceram 20%, mas ainda são relativamente pequenas. Em 2011 o aço exportado representou 3,3% das exportações do país, atingindo 8,4 milhões de toneladas. No entanto, em contrapartida, no mesmo ano de 2011 importamos 3,8 milhões de toneladas de aço ou 8% da produção nacional.

A nossa indústria do aço tem uma capacidade instalada de 47 milhões de toneladas por ano com 29 grandes siderúrgicas controladas por 11 empresas diferentes.

A importação de aço no Brasil é um assunto preocupante. O setor está solicitando ao Governo uma alíquota de importação maior mesmo após a alíquota ter subido de 12 para 25%. Por trás desses números estão vários fatos importantes. 

 O aço brasileiro é muito caro quando comparado com a média mundial. Segundo a PWC produzimos com um custo 35% acima da média.  Em uma situação como essa é lógico que é mais lucrativo ao produtor de aço importar do que produzir. Mesmo tendo o minério de ferro de baixo custo em disponibilidade.


Como quebrar esse paradigma aumentando as exportações e a produção de aço nacional adicionando valor às exportações brasileiras?

Para inverter o processo e passarmos a ser grandes produtores de aço e de produtos industrializados, aumentando significativamente as riquezas nacionais, o  Governo e o setor tem que encarar de frente os pontos que devem ser  otimizados e que muitas vezes engessam e inviabilizam o aço brasileiro como:  

    •  impostos excessivos
    • a otimização e os custos de energia
    • as taxações sobre o aço importado
    • as taxas alfandegárias
    • o custo do transporte
    • os elevados custos portuários
    • o uso da água no processo
    • modernização dos equipamentos e práticas
    • impactos ambientais
    •  novos usos para os rejeitos gerados
    • melhor gerenciamento do carvão vegetal com uso de novas fontes como capim elefante 

Fonte: Geologo

 

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