Brasil investe pouco em mapeamento geológico
No ritmo das novas descobertas e a ampliação de áreas já existentes, a Bahia vive a expectativa de investimentos que ultrapassam a casa dos R$ 9,5 bilhões nos próximos anos. Mas, por incrível que pareça, a situação poderia ser bem melhor, não fossem os parcos recursos destinados ao mapeamento geológico.
De acordo com o diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Rafael Avena, trata-se de um problema federal, e que atinge todo o território nacional.
“Temos uma posição boa em relação à mineração, mas assim como todos os outros estados da Federação, somos muito carentes no que diz respeito ao mapeamento geológico”, avalia Avena.
Menos de 20% do território nacional são mapeados na escala de 1: 2:100.000, apontada como a ideal para facilitar descobertas. A explicação para o problema pode estar no orçamento do órgão público responsável pela atividade.
De 2005 até 2008, investiu-se na atividade R$132milhões. O volume de investimento é considerado baixo, entretanto vale a pena lembrar que entre 2000 e 2004, foi ainda menor, de R$ 13 milhões, para todo o território nacional.
Aumento da carga tributária preocupa o setor
As grandes empresas do setor mineral estão preocupadas com alguns pontos em discussão na proposta de novo marco. O principal deles é a possibilidade, ainda que remota, de aumento na taxação da atividade.
Quando se considera os royalties, os impostos de renda, sobre consumo e valor agregado, o Brasil estaria entre as três maiores cargas tributárias do mundo, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
O setor considera que novas majorações poderiam comprometer novos investimentos de um setor altamente intensivo em geração de empregos.
Estudos do Serviço Geológico Brasileiro mostram que o efeito multiplicador de empregos no setor é de que um emprego no setor mineral gere outros treze ao longo da cadeira,em fases de pesquisa, prospecção e planejamento.
Fonte: A Tarde