Bahia será o segundo produtor de bentonita do Brasil

A inauguração da ampliação da Companhia Brasileira de Bentonita – CBB, no distrito de Pradoso, localizado a 21 km de Vitória da Conquista e a 510 de Salvador, trará resultados significativos para a economia baiana. Com uma produção prevista para este ano de 84 mil toneladas de bentonita, o empreendimento vai transformar a Bahia no segundo maior produtor do Brasil, o que significará mais um passo para a consolidação do Estado no setor mineral.

A solenidade contou com a presença de representantes da Companhia Brasileira de Bentonita, os diretores João Lazzari (Administrativo) e Marcelo Valério Cezário (Operacional), do vice-presidente do Conselho da Süd-Chemie, Dr Hans Wernicke (que veio da Alemanha especialmente para o evento), da direção da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, Alexandre Brust e Rafael Avena Neto, do diretor-presidente da Geosol, João Luiz Nogueira de Carvalho, além do vice-prefeito de Vitória da Conquista, Ricardo Marques, e funcionários da CBB.

O ato marcou a ampliação da Companhia Brasileira de Bentonita, que se associou à Süd-Chemie – uma empresa alemã, líder na produção de bentonita no mundo. “Estamos melhorando o laboratório e toda a qualidade gerencial e pesquisando novas reservas minerais. Nos próximos anos seremos os principais fornecedores de bentonita do Brasil”, previu o vice-presidente do Conselho da Süd-Chemie, Dr Hans Wernicke, que disse já terem sido feitos investimentos de R$ 30 milhões no empreendimento e que a produção deverá ser quadruplicada e terá uma vida útil de 40 anos.

Chamado para compor a mesa, o diretor-presidente da Geosol (que presta serviços à CBB e à Süd-Chemie) Luiz Augusto Nogueira de Carvalho, fez um relato histórico desde a fundação da sua empresa, que fica localizada em Belo Horizonte (MG). Ele destacou o sucesso do empreendimento em Vitória da Conquista e a parceira CBB/Geosol.

De acordo com o diretor administrativo Roberto Lazzari, a CBB conta atualmente com 100 empregados diretos e 200 indiretos, para uma produção em 2010 de 7 mil toneladas/mês de bentonita. Cerca de 60 carretas transportam argila diariamente, sendo a produção escoada para a Vale do Rio Doce e a Samarco Mineração, em Vitória (ES). 

História

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM pesquisou e descobriu um depósito de argila montmorilonítica (bentonita) com reservas da ordem de 3,6 milhões de toneladas. Em 2003, foi assinado com a Companhia Brasileira de Bentonita – CBB, localizada em Vitória da Conquista, um Contrato de Arrendamento para a exploração da jazida de bentonita, prevendo-se o pagamento à CBPM de royalties de 4% sobre a receita bruta de vendas do empreendimento.

A CBB iniciou as suas atividades em pesquisa na área de argilas bentoníticas em outubro de 2003 e entrou em operação industrial em agosto de 2007. Os estudos iniciais e ensaios de laboratórios, em matérias provenientes da Serra do Vital, já indicavam propriedades importantes, comparáveis aos observados em argilas comerciais utilizadas como referência.

Hoje, a CBB opera o mais moderno parque industrial para produção de bentonita sólida ativada da América Latina, podendo oferecer ao mercado um produto com características variáveis em função das necessidades de cada segmento consumidor. A linha de produção é automatizada através de sensores distribuídos em todas as etapas do processo, que permite um controle rigoroso sobre as características do produto final.

Com uma capacidade instalada para produção de até 120 mil toneladas/ano, a CBB tem sua produção inicial voltada para três segmentos principais: argilas para fluido de perfuração, pelotização de minério de ferro e fundição.

Segundo o diretor Operacional Marcelo Cezário, as preocupações ambientais e sociais acompanham o empreendimento desde a sua origem. A lavra é a céu aberto, com desmonte mecânico (sem o emprego de explosivos). O capeamento do solo e o material estéril são estocados e retornarão para dentro da cava no período de recuperação da área.

A CBB também possui projetos sociais desenvolvidos no município, especialmente no povoado de Pradoso. Além do aproveitamento de boa parte da mão de obra empregada na empresa, existe uma parceria para a realização de palestras e congressos sobre o meio ambiente, além de um programa de gerenciamento de resíduos sólidos. O projeto busca parcerias para reciclagem do lixo produzido, que é coletado e doado ao Recicla Conquista, programa que integra a Companhia de Mão de Obra dos catadores de lixo da cidade.

 

Fonte: ASCOM
 

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