CBPM implanta Caderneta Digital

Os métodos analógicos estão ficando para trás e na mineração não é diferente. A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), por exemplo, está trocando a caderneta de papel por uma caderneta digital que tem como objetivo facilitar e agilizar o acesso às informações que são produzidas pelas equipes que estão no campo.
E o processo é bem simples: por um aplicativo que pode ser acessado pelo celular, as equipes preenchem um relatório com as informações que são direcionadas para o setor de geoprocessamento da empresa. Após a validação das informações, os dados seguem para um sistema da Prodeb (Companhia De Processamento De Dados Do Estado Da Bahia), onde alimenta o Business Intelligence (BI), que é uma estratégia de análise de dados e tomada de decisão que ajuda as empresas a melhorar seu desempenho.
Para o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, essa é uma das revoluções da empresa que com a implantação da Caderneta Digital terá as informações de forma mais rápida e democrática. “As equipes passam vários dias em campo e só tínhamos essas informações quando eles voltavam da viagem, agora temos os dados quase que em tempo real, o que pode agilizar as nossas descobertas. Agora todas as equipes da CBPM passam a ter a informação, que deixa de ser individual para ser coletiva, ressalta Tramm.
Mineração do presente e do futuro
Mesmo já sendo o estado mais bem mapeado geologicamente do Brasil, a CBPM continua investindo em novos projetos de pesquisa e ampliação do conhecimento geológico do estado. Nos últimos quatro anos, a empresa aplicou mais de R$ 65 milhões em ações ligadas à pesquisa mineral e atuou para a modernização e aquisição de equipamentos, como drones, GPS’s, analisadores minerais portáteis, gravímetro, além da realização de estudos importantes para o mapeamento geológico do estado e consequentemente para a descoberta de novas oportunidades minerais como é o caso do Mapa Tectônico-Geocronológico do Estado da Bahia, as Cartas de Anomalias ao longo da FIOL e o Levantamento Aerogeofísico, realizado no Norte do estado que foi essencial para a descoberta da Província Metalogenética do Norte, uma área que pode chegar a 100 quilômetros de extensão e que abrange a borda norte do Cráton de São Francisco, o que inclui municípios como Pilão Arcado, Remanso e Campo Alegre de Lourdes, onde foram identificadas áreas com potencial para ferro-titânio-vanádio, níquel-cobre-cobalto, fosfato, ferro, ouro, metais base e terras raras.
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil