Lipari: processo na mina de diamantes Braúna dispensa barragem de rejeitos

Sistema utilizado pela primeira mina de diamantes em fonte primária da América do Sul, de propriedade da Lipari Mineração, localizada em Nordestina (BA), permite dispor rejeitos finos em pilha e reciclar mais de 95% da água utilizada no processo de beneficiamento de minério.

Processo adotado pela Lipari 

Processo adotado pela Lipari na mina Braúna utiliza espessador e centrífuga


Em recente comunicado de pesar pelo ocorrido em Brumadinho (MG), a mineradora explica como funciona o seu processo de beneficiamento, que utiliza equipamento fornecido da Flottweg.

Estado de alerta para o setor mineral

"A Lipari Mineração lamenta profundamente pela tragédia ambiental e humana que recentemente abateu Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração e se solidariza com todos os envolvidos, direta e indiretamente, neste triste e irreparável fato. Esse grave episódio juntamente com o similar ocorrido não tão distante em Mariana (MG) impõem o estado de alerta ao setor mineral para rever e inovar os seus processos produtivos e construir uma nova era para uma mineração mais moderna, segura e responsável. Uma etapa que deve, urgentemente, evoluir da reflexão pós-luto para a prática. Para tranquilizar as comunidades do entorno da Mina Braúna e a sociedade brasileira, reiteramos que não há barragem de rejeitos em nossa operação, o que exclui radicalmente o risco de acidentes semelhantes aos ocorridos nas duas cidades mineiras", afirma a mineradora.  

A Lipari informa que desde o início de suas operações em julho de 2016, a mina Braúna implementou tecnologia de centrifugação no desaguamento dos rejeitos finos para disposição em pilha, eliminando as tradicionais barragens de rejeito. O processo – que alia espessador e centrífuga -, transforma os rejeitos finos (lama) numa "areia", possibilitando que a mesma seja transportada por caminhão e depositada com resíduos de rocha (rejeito mais grosso) em pilha próxima à cava da mina de forma ambientalmente segura.

"A solução, inédita no país, ainda possibilita a reciclagem de mais de 95% da água de processo, reduzindo o consumo de água nova da captação do rio local. O beneficiamento do minério não utiliza produtos químicos e o material com baixa umidade produzido é inerte, ou seja, não é prejudicial à saúde de pessoas e ao meio ambiente. Diante do exposto, pode-se afirmar que os resultados do emprego dessa tecnologia estão diretamente associados às premissas da sustentabilidade ao passo que minimiza os impactos e assegura a redução de risco de acidentes ambientais, além de menor custo de construção e manutenção quando comparada com a barragem de rejeito", conclui.

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