Mina de ouro Santa Luz pode render R$ 547 Mi a investidores

De acordo com o documento, o investimento de capital para concluir e reiniciar a mina que pertenceu à Yamana Gold, será de US$ 82 milhões, incluindo US$ 12,3 milhões em capital de giro e suprimentos necessários para iniciar o processamento do minério na planta. Segundo a mineradora, a maior parte dos bens e serviços serão adquiridos de empresas no Brasil.

O estudo considera a produção de 1,06 milhão de onças de ouro ao longo de uma vida útil da mina (LOM) de 11 anos, a um custo operacional total (AISC, na sigla em inglês) de US$ 856 por onça.

O fluxo de caixa projetado, após impostos, é de US$ 302 milhões, considerando o preço médio de US$ 1.200 por onça de ouro, o que leva a uma taxa interna de retorno de 47% e a um valor presente líquido (VPL) de US$ 149 milhões, tendo como premissa uma taxa de desconto de 5%.

A produção conta com reservas minerais, a céu aberto, comprovadas e prováveis de 28,2 milhões de toneladas com 1,39 gramas de ouro por tonelada, contendo 1,26 milhão de onças. O plano operacional inclui um período inicial com uma relação estéril minério, na Fase 1 da vida da mina, "significativamente reduzida", diz a mineradora.

"Estamos fazendo um bom progresso com a integração das três minas operacionais recém-adquiridas no Brasil [da Brio Gold, uma cisão da Yamana] e agora concluímos um estudo de viabilidade independente e atualizado sobre o projeto Santa Luz. Os resultados impressionantes demonstram o potencial de Santa Luz para ser um forte gerador de fluxo de caixa com potencial para adicionar mais de 100.000 onças por ano de produção após um período curto de construção de 10 meses", diz Neil Woodyer, CEO da Leagold.

Segundo ele, como Santa Luz era uma mina que já esteve em operação, todas as principais infraestruturas estão presentes e a nova construção é limitada a retrofitting da planta para recuperação de ouro usando resina em vez de carbono, em referência à substituição da planta CIL (Carbon in Leach) por uma RIL, que usa resina na lixiviação.

"Além disso, fizemos um plano da lavra para a mina de Santa Luz com um cronograma de mineração a céu aberto em fases. Esse cronograma começa com uma cava de baixa relação estéril-minério que está incluída no plano completo da lavra, o que permite futuros pontos de decisão", afirma Woodyer, em nota.

A Leagold declara que tem todas as licenças e autorizações necessárias estão para a construção e a retomada das operações, "com apenas pequenos ajustes necessários em relação aos planos atualizados para modificar as instalações de rejeitos existentes". A planta de processamento original de Santa Luz foi colocada em operação em meados de 2013 e foi desativada em setembro de 2014 pela Yamana.

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