Mirabela pode retomar operação de níquel em 2019
De acordo com Milson Mundim, CFO da Mirabela, a retomada de operação da mineradora deve gerar aproximadamente mil empregos diretos e indiretos a partir de janeiro de 2019. Além disso, empresas terceirizadas e a própria Mirabela já iniciaram a contratação de mão de obra temporária, informou o executivo para uma rádio local. Desde que deixou de operar, a Mirabela manteve cerca de 50 empregados das áreas administrativa e de manutenção de equipamentos.
A empresa tem divulgado nos últimos meses vagas de trabalho por meio de seu LinkedIn, além de também indicar sinais positivos para os preços do níquel, como o crescimento na utilização dos veículos elétricos. O níquel é uma matéria-prima necessária para a produção das baterias para esses carros.
Na última semana, Mundim e outros executivos da empresa se reuniram com a prefeita de Ipiaú, cidade vizinha de Itagibá, Maria das Graças (PP). Durante o encontro, os representantes da mineradora agradeceram o trabalho do município junto ao governo do Estado para solucionar questões administrativas e financeiras, além de afirmarem que a empresa deve priorizar a contratação de mão de obra local.
O retorno da atividade da mineradora é defendido pelo deputado estadual Eduardo Salles. Segundo o parlamentar, a reativação do projeto é fundamental para a região, principalmente devido a momento de queda na arrecadação do município. Com a retomada de operação da Mirabela, além dos empregos gerados, a economia da região se beneficiará com os royalties da mineração, por meio da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
Segundo Alexandre Brust, presidente da Companhia Baiana de Pesquisas Minerais (CBPM), a mina de níquel de Mirabela volta a operar normalmente até março de 2019. "Lá foram investidos US$ 880 milhões. Ela começou a operar em 2009 e só parou em março de 2016 por problemas de mercado, mas é viabilíssima", disse. Em abril do ano passado, Mundim disse ao Notícias de Mineração Brasil (NMB) que o retorno da operação da empresa dependia de "fatores externos". Na época ele disse que a mineradora passava por uma remodelação, para voltar a operar de forma mais enxuta. Segundo o website da Appian, nova controladora da Mirabela, o investimento realizado pela antiga controladora da empresa foi de mais de US$ 1 bilhão na planta de processamento e em toda a infraestrutura, que se encontram em bom estado de funcionamento.
"A Appian identificou inúmeras oportunidades de otimização na mina/planta, que servem para reduzir a posição de custo da operação e gerar um perfil atraente de fluxo de caixa a preços conservadores do níquel. Um projeto pronto para ser reiniciado, beneficiando-se de licenças e infraestrutura existentes, a Appian planeja trazer a mina de volta à produção no curto prazo", afirma a empresa, em seu website. Com informações da Mirabela, Appian e da imprensa local.