Brio Gold avança para retomar projeto de ouro na Bahia

A Brio Gold, subsidiária da Yamana Gold, informou hoje (13) que os resultados dos testes metalúrgicos para avaliar processos alternativos de recuperação na mina de ouro C1 Santaluz, na Bahia, apontaram o potencial para produção de 100 mil onças por ano. A Brio terá que desembolsar cerca de US$ 47,9 milhões para colocar o projeto em operação.

A mineradora canadense disse que os dados dos testes metalúrgicos foram integrados ao estudo prévio de viabilidade econômica de C1 Santaluz, que possui uma nova estimativa de recursos minerais. As informações são de comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira.

Os resultados do estudo prévio de viabilidade econômica, segundo a Brio Gold, apontaram para um valor presente líquido (VPL), depois de impostos, positivo de US$ 199 milhões, com taxa de desconto de 5% e taxa interna de retorno (TIR) de 56%, com base nos recursos minerais da cava a céu aberto.

Com base no estudo, a Brio disse que C1 Santaluz, paralisada desde agosto do ano passado, pode produzir cerca de 100 mil onças por ano durante os dez anos de vida útil da mina, para uma produção total de 1,03 milhão de onças de ouro. A recuperação média de ouro é de 83,7%, e os custos operacionais globais de US$ 898 por onça.

O estudo prévio de viabilidade econômica de C1 Santaluz apontou, na cava a céu aberto, recursos indicados de 28,2 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 1,61 grama de ouro por tonelada (g/t), para um total de 1,46 milhão de onças de ouro contido, e recursos inferidos de 1,5 milhão de toneladas de minério, com teor médio de 1,6 g/t de ouro, para um total de 79 mil onças de ouro contido.

A estimativa de recursos indicados subterrâneos apontou 2 milhões de toneladas de minério com 2,25 g/t de ouro, para um total de 144 mil onças de ouro contido, e recursos inferidos subterrâneos de 10,8 milhões de toneladas, com teor médio de 2,5 g/t de ouro, para um total de 865 mil onças de ouro contido.

Os testes metalúrgicos realizados em C1 Santaluz tiveram duração de cinco meses e foram realizados pela Brio Gold em conjunto com a Yamana. Os testes foram feitos pela Gekko Systems, na Austrália, pela Brio e Yamana, no Brasil, e pela Hazen Research, nos Estados Unidos. Os resultados obtidos foram organizados pela Gekko e pela Ausenco.

O novo método de recuperação metalúrgica, determinado com base nos testes e no estudo prévio de viabilidade econômica, elimina a necessidade de um circuito de flotação e do concentrado de sulfeto para lixiviação. O novo processo será um whole ore leach do material total para alimentar a planta de minerais carboníferos ou não carboníferos.

O capex de C1 Santaluz, no valor de US$ 47,9 milhões, inclui US$ 27,7 milhões com a construção da planta; US$ 4,9 milhões de contingência; US$ 5,4 milhões com barragem de rejeitos; US$ 1,8 milhão em custos com o proprietário; US$ 500 mil para retomar as atividades na cava; US$ 1,3 milhão para estudo prévio de viabilidade e estudos de otimização; US$ 6,3 milhões em custos relacionados à comunidade; e mais US$ 15,2 milhões definidos como “outros custos de capital”.

A Brio Gold foi criada pela Yamana no fim de 2014 e controla as minas Pilar, em Goiás, e Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia, além do projeto de cobre e ouro Agua Rica, na Argentina.

 

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