Paranapanema amplia vendas no mercado externo em 101%

Perfis de cobreA reestruturação da área comercial realizada pela Paranapanema no final de 2014 apresentou reflexos importantes nos resultados do segundo trimestre de 2015 (2T15). A estratégia de penetração em novos clientes e mercados internacionais fez com que as vendas para o mercado externo crescessem 101% em relação ao segundo trimestre de 2014 (2T14), movimento que compensou a forte retração no cenário doméstico durante o período. A receita líquida da companhia fechou o trimestre em R$ 1,2 bilhão, avanço de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do volume total de vendas (65,4 mil toneladas), 53% foram destinados ao mercado externo. 

“O modelo de negócios da Paranapanema permite que ela seja flexível para empregar seus volumes nos mercados com melhores condições. Os prêmios no mercado externo são mais modestos que os praticados no mercado interno, mas a exportação se torna uma estratégia importante quando o mercado doméstico arrefece. É relevante destacar também que mesmo frente a um cenário muito desafiador para a economia neste segundo trimestre, a companhia conseguiu preservar sua liquidez”, afirma o presidente da empresa, Christophe Malik Akli. 

A posição de caixa da Paranapanema (caixa + aplicações financeiras) no final do trimestre foi de R$ 1,1 bilhão, frente a R$ 700 milhões no 2T14. O índice Dívida Líquida/ Ebitda ajustado atingiu 2,5x, abaixo do covenant vigente com os bancos da empresa.

O volume total de vendas cresceu 4%, atingindo 65,4 mil toneladas. As vendas de cobre primário (catodo) totalizaram 20,6 mil toneladas, com expansão de 33%, especialmente devido ao aumento da exportação, enquanto que as de Produtos de Cobre (fio, vergalhão, barras, tubos e laminados) recuaram 5%, chegando a 44,8 mil  toneladas, por causa da deterioração do cenário econômico interno. As vendas de coprodutos somaram 249, 6 mil toneladas, queda de 3% em função de paradas programadas para manutenção de unidades fabris e a recuperação das linhas da unidade Cast&Roll, danificadas por um incêndio no início do ano. Os reparos na linha Cast&Roll, aliás, foram finalizados com um mês de antecedência da previsão original tendo a unidade retomado a capacidade nominal de produção no mês de julho.

Política de Hedge

Considerando que as receitas internas e externas da companhia são em dólar, a Paranapanema adota política de hedge para proteger o fluxo de caixa das variações cambiais. Tal política afetou, contabilmente apenas, o lucro bruto neste trimestre, que atingiu R$ 5,2 milhões frente aos R$ 80,5 milhões registrados no 2T14, sem impacto no caixa da empresa. 

Outros fatores, como menores prêmios praticados no mercado internacional e a parada programada de manutenção, que levou à diminuição de volumes de cobre primário e coprodutos, influenciaram as margens da Paranapanema, que registrou -9,3% de margem líquida. Em função dos fatores acima, o resultado líquido da empresa foi prejuízo de R$ 108 milhões. O Ebitda Ajustado somou R$ 4,4 milhões e a margem Ebitda foi de 0,4%.

Ao longo do trimestre, a Paranapanema realizou uma série de importantes ações para minimizar os impactos do cenário macroeconômico como a renegociação de contratos de logística com economia de cerca de US$5 milhões por ano e o alongamento do perfil de endividamento. Além disso, a companhia garantiu a continuidade do  fornecimento de energia  para a  planta da Bahia pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e pelo Mercado Livre a preços competitivos.

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