22/09/2014 – 13h00

 

A Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) promoveu, neste domingo (21), a abertura do 47º Congresso Brasileiro de Geologia (CBG), na casa de shows Bahia Café Hall, na Avenida Paralela em Salvador. As atividades do encontro serão a partir de hoje (22) no Centro de Convenções da Bahia, sempre das 08h30 às 18h20. Apenas na sexta-feira (26) as atividades serão encerradas às 14h.

 

Na abertura compuseram a mesa de honra do Congresso diversas autoridades, como o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Carlos Nogueira, o Presidente da CPRM – Serviço Geológico do Brasil, Manoel Barretto, o Presidente da SBG, Moacyr Macambira, o Diretor Técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral,  Rafael Avena Neto e o Diretor Presidente, Alexandre Brust, representando, neste ato, o governador Jaques Wagner e o Secretário da Indústria, Comércio e Mineração James Correia.  

 

Após uma breve apresentação dos integrantes da mesa, a vice-presidente da Comissão Organizadora, Simone Cruz, agradeceu o apoio de todos e disse que “teremos uma semana de muita efervescência”. Durante os discursos, a CBPM foi o principal alvo de homenagens dos oradores do evento.  O presidente da Comissão Organizadora, Herbet Conceição, destacou que o apoio do Governo do Estado e da CBPM foram fundamentais para viabilizar a realização do 47º CBG.

 

Em seu pronunciamento o Diretor Técnico da CBPM, Rafael Avena, parabenizou a todos da comissão organizadora, dizendo dos desafios enfrentados junto com a SBG-Ba/Se para trazer e concretizar o Congresso no nosso Estado. Em seguida, destacou as quatro décadas de existência da Empresa, que pode ser divididas em três fases distintas: a primeira, a busca do conhecimento que levou a Bahia a ser um dos estados mais bem estudados geologicamente falando e que isso foi fundamental para o avanço da mineração baiana nesses últimos anos, como foi o caso da descoberta do Vanádio de Maracás.

 

Fez questão de acentuar que segunda fase foi a do Desenvolvimento Mineral, um dos períodos mais importantes e férteis para a mineração baiana, destacando os “avanços técnicos alcançados e o imenso acervo de dados disponibilizados para o setor mineral, além da descoberta de importantes depósitos como o ouro de Santa Luz e o níquel de Itagibá”.

 

A partir de 2007, disse Avena, com a inauguração de quatro grandes empreendimentos em áreas de direitos minerários da CBPM, a Bentonita de Vitória da Conquista, inaugurada em 2007, o níquel de Itagibá, em 2009, e mais recentemente, em 2014, o vanádio de Maracás e o ouro de Santa Luz,  “a Empresa chegou na fase de Consolidação das Descobertas Minerais , passando a ter, portanto, um forte perfil de empresa geradora de negócios de base mineral, sem perder, contudo, seu viés de empresa de desenvolvimento mineral”.

 

Já o Presidente da CBPM, Alexandre Brust, iniciou o discurso enfatizando a importância da mineração para a Bahia, dizendo que “o tema escolhido para o” 47º CBG, Trilhando as Novas Fronteiras dos Recursos Naturais, tem tudo a ver com o atual estágio por que passa a mineração no nosso Estado, razão pela qual parabenizou a proposta de divulgar os avanços dos conhecimentos das geociências aqui na Bahia para todo o Brasil”.

 

Ele destacou  o setor mineral baiano, que muito avançou nesses oito anos, ressaltando que número de requerimentos de pesquisa feitos pela Bahia superou, algumas vezes, Minas Gerais e que a Bahia atualmente é  o segundo Estado em requerimentos, o quinto em produção mineral, caminhando para ser o quarto produtor mineral brasileiro nos próximos dois anos, o que fez com que muitas empresas passassem a ver o nosso Estado como um novo horizonte mineral, diante das importantes oportunidades oferecidas, o que tem feito com que os investimentos realizados já superem a casa dos R$ 30 bilhões. Brust fez questão de ressaltar que “a distribuição geográfica da produção insere a mineração como indutora da interiorização do desenvolvimento, porque os investimentos são feitos nos locais onde o depósito foi identificado, dinamizando a economia local, impactando de forma positiva o IDH e o PIB dos municípios mineradores e circunvizinhos”.

 

Após os discursos foram entregues medalhas aos profissionais que se destacaram nas geociências entre 2012 e 2014 e uma placa de homenagem e agradecimento da SBG para o Presidente da CBPM, Alexandre Brust, recebida das mãos do Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Herbet Conceição e outra para o Diretor Técnico da Empresa, Rafael Avena, que recebeu das mãos da presidenta da SBG – Núcleo Bahia/Sergipe, Simone Cruz.

 

O 47º Congresso Brasileiro de Geologia terá, durante toda esta semana, a realização de Conferências, Sessões Técnico-Científicas, Fóruns Temáticos, entre outras atividades. Simultaneamente ocorre a Expogeo, exposição de geociências em que entidades públicas e privadas apresentam tudo o que há de mais moderno sobre o assunto.

 

A CBPM como um dos principais patrocinadores do evento conta com estande de 200m², uma réplica do Mercado Modelo (Mercado de Oportunidades Minerais), onde apresenta seus trabalhos técnicos, suas últimas descobertas e o seu acervo de publicações técnicas, além de parte do acervo do Museu Geológico da Bahia. Nesse primeiro dia de funcionamento do estande (22), a partir das 17 horas, o professor da Universidade de Brasília, César Filho, fará o lançamento do livro da Série Arquivos Abertos nº 39 – Depósito de Níquel-Cobre Sulfetado de Santa Rita e dará autógrafo aos presentes.