Parceira entre a CBPM e as Voluntárias Sociais propicia a inserção de jovens no mercado de trabalho

12/09/2013 11h40

Railane Bispo, 18 anos, está na primeira série do ensino médio, trabalha para ter uma renda e ajudar a mãe nas despesas da casa. Quer se graduar em administração de empresas para conquistar sua independência financeira. João Vitor Santa Bárbara tem 16, que está no terceiro ano, também do ensino médio, pretende seguir carreira na área de tecnologia da informação ou publicidade. Já Alan Matos de 18 anos concluiu o ensino médio no ano passado, trabalha à tarde e além das aulas da auto-escola no turno oposto, estuda para concursos, entre eles o vestibular do curso de direito.

O que Railane, João Vítor e Alan têm em comum, junto com dezenas estudantes que foram selecionados pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) através do Programa Jovem Aprendiz, a oportunidade de exercerem uma atividade profissional. Além deles, mais seis jovens foram indicados para trabalhar na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, fruto de uma parceria com a entidade assistencial. Depois de passarem por três meses de treinamento começaram as atividades na empresa em dezembro de 2012.

O convênio da CBPM com as Voluntárias Sociais oportuniza à maioria dos jovens o primeiro contato com o universo do trabalho. As atividades de quatro horas diárias na empresa são conciliadas com as escolares. “É a minha primeira experiência profissional com carteira assinada. Apesar de já ter trabalhado em outros lugares, a oportunidade de aprendizado na CBPM vai ser muito importante no futuro”, afirma Alan.

Com a aplicação do programa de treinamento espera-se que o jovem fique apto para o mercado de trabalho. Railane diz que, mais difícil que desempenhar as atividades administrativas na empresa, foi ser aprovada no processo seletivo. “Me sinto privilegiada porque a concorrência foi muito grande”, concluiu.

O Programa Jovem Aprendiz é coordenado na CBPM pelo Setor de Desenvolvimento de Pessoal (SEDEP). Quando ingressam na empresa passam por uma avaliação para identificar as aptidões e serem direcionados para as áreas com as quais têm mais afinidade. Quando foi designado para a CBPM, Rodrigo Santana tinha a intenção de seguir carreira na área contábil. Hoje faz bacharelado interdisciplinar em humanidades na UFBA, e depois do contato com o setor financeiro decidiu que quer ser economista.

Quem acompanha o trabalha dos jovens aprendizes na CBPM, só vê vantagens na parceria. Segundo o chefe do Setor de Controle Financeiro (SECOF), Wilson Pereira, que supervisiona Jéferson Eliel e Rodrigo Santana, os garotos são dedicados. “Eles têm uma capacidade de assimilação rápida, além de serem muito prestativos”, afirmou.

Os participantes do Programa Jovem Aprendiz têm entre 14 e 16 anos, são oriundos de escolas públicas e com renda familiar de até três salários mínimos. Mas, uma parceria com o Programa Jovem Cidadão do Ministério Público Estadual permitiu a inclusão de adolescentes de até 18 anos, de acordo com uma análise do perfil sócio-econômico.

Gerência de Publicações (GEPUB)

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