Bahia tem R$ 70 bi em investimentos previsto até 2015
Segundo secretário James Correia, o valor equivale a 480 empreendimentos
Em entrevista ao Bahia Econômica, o Secretário da Indústria, Comércio e Mineração afirmou que o total de investimentos previstos para a Bahia até 2015 é de cerca de R$ 70 bilhões, relativos a 480 empreendimentos, sendo que R$ 20 bilhões no setor de energia eólica e mineração.
Correia afirmou que entre os grandes projetos os mais adiantados são os da BASF e da Ford, que o Estaleiro do Paraguaçu encontra-se com as obras adiantadas e o projeto da JAC já teve lançada sua pedra fundamental.
O Secretário afirmou também que o governador Jaques Wagner já programou uma nova viagem em janeiro de 2013 para a China e que o setor automotivo deve ter anúncio de uma nova empresa em breve.
James Correia comentou ainda o estágio de projetos estruturantes como o Porto Sul e a Fiol e admitiu que o estado está cada vez mais atrasado na questão portuária em relação a outros estados do Nordeste.
Disse, no entanto, que existe novidades como a ampliação do porto do Moinho Dias Branco da Ford (automotivo e eólico) e a implantação da Bahia Terminais. Segundo ele, será formado o Comitê para gerir o Canal de Cotegipe, em estreita colaboração com as empresas e a marinha.
O secretário falou ainda sobre questões relacionadas à mineração e ao comércio.
B.E: A Bahia sediou recentemente o Fórum Nacional Eólico. Há novos investimentos previstos para a Bahia?
James Correia: Sim. O Estado continua buscando novos investimentos tanto para aumento da quantidade de parques eólicos quanto de empresas para atuação na cadeia produtiva. Deveremos inaugurar ainda este ano a terceira fábrica de equipamentos e no ano que vem, a expectativa é que mais três fabricas possam ser inauguradas. Com, isto consolidaremos o nosso posicionamento e reforçaremos o papel de destaque que a Bahia exerce no setor.
B.E: As empresas estão preocupadas com os atrasos da Chesf na implantação de linhas de transmissão. Houve avanços em relação a isso?
J.C: Realmente existem atrasos de quase dois anos em obras da Chesf, devido a problemas como contratações das montadoras e baixa qualidade dos licenciamentos apresentados ao Inema. Recentemente foi assinado um termo de cooperação com a CHESF e empresas de geração eólica, no qual o Estado e a Fundação José Silveira trabalharão para agilizar os estudos ambientais e com isso acelerar o licenciamento dos seus empreendimentos de transmissão. Ademais, nós estamos também nos antecipando e realizando uma avaliação prévia dos futuros corredores de transmissão. Assim será possível identificar se há ou não viabilidade ambiental para os empreendimentos que estão planejados para o sistema elétrico. Desta forma, poderemos corrigir projetos para que melhor se adequem as nossas necessidades.
B.E: Qual o montante de investimento previsto para a Bahia nos próximos anos, com protocolos de intenção já assinados ou em vias de ser assinado?
J.C: O total de investimentos previstos até 2015 é de cerca de R$ 70 bilhões, com a geração de mais de 74 mil empregos novos em cerca de 480 empreendimentos. Esses números poderão alcançar R$ 90 bilhões se o país voltar a crescer a taxas de 4% ao ano. Com destaque para eólica e mineração com cerca de R$ 20 bilhões cada setor, que estão distribuídos pelo interior. Importante frisar que ampliaremos a descentralização do desenvolvimento, gerando ainda mais empregos no interior do que na Região Metropolitana de Salvador – RMS. Polos como Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, Luiz Eduardo Magalhães e Barreiras, Caeteté e Brumado, Ilhéus, Itabuna, Teixeira de Freitas, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus e Recôncavo, serão os Pólos da vez das atividades comerciais e industriais no estado, além da própria RMS capitaneada por Camaçari, Simões Filho e Candeias.
Veja aqui a entrevista na íntegra
Fonte: Bahia Econômica