CBPM vai licitar mina de enxofre
Dobrar a produção nacional de enxofre, hoje responsável por apenas 18% do que o país consome. Com esta expectativa, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral vai licitar em breve uma mina do minério e de soda na localidade de salitre, em Juazeiro.
Segundo o presidente da CBPM, Alexandre Burst, sondagens já realizadas pela empresa do governo baiano asseguram uma capacidade de produção de enxofre de 9 milhões de toneladas. O anúncio foi feito durante a abertura do 2º Congresso Internacional de Direito Mineirário, que prossegue até amanhã, no hotel Pestana.
Os outros estados exploram em torno de seis”, completou. Entre os empreendimentos citados pelo dirigente estão o ouro em Santaluz, por meio da Yamana Gold – com início de operação no quarto trimestre deste ano – e a Largo, em Maracás, com começo da extração de vanádio prevista para segundo semestre de 2013.
Segundo cálculos do presidente da CBPM, o avanço no setor implicará na triplicação dos valores de royalties pagos ao estado, atualmente em torno de R$ 10 milhões. Caso consiga chegar aos R$ 30 milhões, a companhia, que em 2009 teve uma receita total de R$ 4 milhões, alcançaria a independência do tesouro estadual. Hoje, o estado aporta em torno de R$ 18 milhões na empresa mineral.
“Existem procedimentos tecnológicos que a lei não prever”, disse, exemplificando com a questão da exploração marinha, na área chamada de Amazônia Azul – o Brasil tem uma extensão explorável no mar semelhante ao tamanho da floresta amazônica.
O diretor de Assuntos Minerais do Ibram, Marcelo Tunes, reclama ainda de uma confusão entre a concessão de serviços públicos, normatizada na Lei 8.666, e a concessão mineral.
“É o mesmo nome, mas são coisas diferentes. Isso às vezes confunde o Judiciário”, disse. O debate com a sociedade é outro tema relevante do Direito Minerário, segundo Tunes. “O impacto da atividade mineral é pequeno, mas é visível”, opinou.
Fonte: Tribuna da Bahia