Bahia atinge produção histórica de gás natural

O Campo de Manati, na Bacia de Camamu, teve a capacidade de oferta de gás ampliada de seis milhões de metros cúbicos para oito milhões de metros cúbicos por dia, após o fim das obras de ampliação da Petrobras no local.

Neste cenário, a Bahia se consolidou como a maior produtora e fornecedora de gás natural do Nordeste. O projeto garante ganhos em royalties para seis municípios baianos: Cairu, Valença, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida e São Francisco do Conde.

O município de Cairu, por exemplo, aparece no relatório mensal da Agência Nacional de Petróleo (ANP) como destino de um repasse de R$ 376,9 mil em julho. Há três anos, o local sequer aparecia no levantamento.

“As participações governamentais nem são o principal benefício que a exploração de petróleo e gás podem oferecer”. A avaliação é do presidente da Associação das Empresas Produtoras de Petróleo e Gás Natural Extraído de Campos Marginais no Brasil (Appom), Normando Paes.

Para ele, antes disso, é preciso lembrar da tecnologia que acaba sendo transferida para a região, bem como pela movimentação econômica que fomenta. “São normalmente grandes obras que atraem um público com poder aquisitivo para a região”, explica Normando.

Petrobras – A Petrobras enviou uma nota à imprensa falando sobre a ampliação em Manati. De acordo com o texto, a empresa já oferta ao mercado, desde o início de agosto, oito milhões de m³ de gás natural a partir de Manati. Segundo a empresa, a produção de Manati atende a um compromisso da Petrobras com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que prevê a ampliação da oferta de gás no Brasil.

De acordo com  nota, foram realizadas obras de ampliação da Estação Vandemir Ferreira (EVF), em São Francisco do Conde, além da construção de um novo duto, a substituição de sete quilômetros de dutos e melhoria nas instalações em Pojuca, onde o gás será processado.

O Campo de Manati começou a ser explorado pela estatal em consórcio com as empresas Queiroz Galvão e Norse Energy em 2006 e logo dobrou a produção na Bahia.

Segundo a Petrobras, a implantação de Manati obedeceu às melhores alternativas técnicas e socioambientais. “Todo o projeto vem sendo realizado de modo que, ao final da vida útil do Campo – previsto para daqui a 20 anos –, a região não sinta os impactos da operação”, afirma a nota da empresa.

De acordo com a Petrobras, a plataforma é totalmente automatizada e permite o controle à distância. Suas dimensões foram reduzidas, para minimizar o impacto visual numa região famosa pelas belas praias e paisagens.

“A Petrobras se preocupou com os impactos ambientais causados pela implantação dos gasodutos: estudou aproximadamente dez alternativas de locais e traçados”, diz em nota, acrescentando que realiza  monitoramentos ambientais constantes.

 Fonte: Jornal A Tarde

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