Geólogo baiano descobre no Piauí um dos maiores distrito ferrífero
Considerado o maior corpo de minério do mundo, ocupa mais de 25 km de extensão, só de superfície, localizando-se em Massapé (Mangue Velho), município de Curral Novo, uma das regiões mais pobres do Brasil, em pleno semi-árido nordestino.
Com capacidade para produzir 20 milhões de toneladas de pelotas de minério nos próximos 17 anos, o depósito é semelhante ao de Brucutu (MG) e ao da província mineral de Carajás (PA). Seu valor de mercado é estimado em mais de US$ 2,4 bilhões.
O projeto, quando implantado, representará mais de 5% do PIB do Piauí e um dos maiores geradores de empregos do estado. Toda a produção será transportada pela Ferrovia Transnordestina para exportação pelos portos de Suape (PE) e Pecém (CE).
Integrando a cobiçada lista dos 4 geólogos do mundo que mais descobriram minas de sucesso, nascido no distrito de Catulé, município de Caetité, em pleno sertão baiano, João Carlos Cavalcanti parece um Midas: onde toca gera dinheiro. E muito dinheiro, mesmo!
Entre as suas principais – e bilionárias – descobertas constam a mina de ferro de Caetité, vendida à Arcelor Mittal e Eurasian Natural Resources Corporation/ Casaquistão (hoje, Bahia Mineração); uma de ferro no Norte de Minas Gerais, a de níquel no Tocantins (ele é sócio da Votorantim Novos Negócios), a de Dolomita de Alta Qualidade Química em Santa Maria da Vitória/BA (iguais às de Ohio/USA, Bozzano/Itália) e a de Rochas Fosfáticas no Mato Grosso do Sul.
Criou a GME4 (Global Metals Exploration) holding que controla 4 empresas que atuam nos segmentos de metais ferrosos, metais básicos, metais especiais/preciosos metais minerais industriais e de fertilizantes. Aos 60 anos não parou e planeja a constituição do 1º Fundo de commoditties minerais do mundo, que já recebeu propostas de sociedade com vários bancos internacionais.
A filosofia dele e de seus sócios na empresa é prospectar, descobrir, explorar (sondar e conhecer o subsolo) a fim de colocar no mercado nacional e internacional os resultados de um complexo de geração de jazidas. De cada negócio a GME4 ficará com, no mínimo, 20%, a exemplo da mina do Piauí, projeto em que o banco Crédit Suisse já registrou 19 grupos interessados, além de empresas da Inglaterra, Índia e África do Sul.
Com sede em São Paulo e escritórios na Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Piauí, a empresa planeja saltos gigantescos em direção à América do Sul, Ásia, África e Afeganistão. Isto sem se descuidar das quase 1.500 áreas bloqueadas em 10 milhões de hectares espalhados nos estados da Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Roraima e Amazonas. Já são 20 projetos focados em cobre, níquel, alumínio, zinco, estanho e chumbo.
FONTE: Jornal Bahia Negócios