Multinacionais demonstram interesse em mineração na Bolívia
Empresas estatais e privadas do Brasil e de diversos outros países expressaram ao Governo da Bolívia seu interesse em desenvolver projetos de mineração no país, informaram hoje fontes oficiais.
O vice-ministro de Mineração boliviano, Héctor Córdoba, disse à Agência Efe que, além do Brasil, estão interessadas em investir no país andino empresas de Estados Unidos, França, Espanha, Rússia, China, Japão, Coréia do Sul, Finlândia e Canadá. Segundo Córdoba, as empresas de Espanha e Coreia do Sul estão interessadas em um plano para construir duas indústrias de refinamento de zinco nas regiões andinas de Oruro e Potosí, fronteiriças com o Chile.
O Plano Nacional de Desenvolvimento do presidente Evo Morales prevê um investimento de US$ 250 milhões em cada indústria, e a licitação internacional será aberta nos próximos dias, acrescentou Córdoba. De acordo com o vice-ministro, as negociações com China e com Coréia do Sul também avançaram para explorar ferro na mina de Mutún, na fronteira com o Brasil, em um projeto paralelo ao que é desenvolvido pela mineradora indiana Jindal Steel & Power.
Ele acrescentou que a China também está interessada em explorar ouro, enquanto a companhia sul-coreana Kores comprometeu-se a investir US$ 200 milhões para produzir cobre metálico na jazida Corocoro, a 50 quilômetros de La Paz. O projeto de mineração boliviano que mais despertou o interesse das companhias foi o de exploração de lítio em Potosí.
O Governo está montando em Uyuni uma fábrica com um projeto-piloto de exploração de carbonato de lítio em pequena escala e, em uma próxima etapa, deve construir uma fábrica maior para atingir escala industrial a partir de 2013 com parceria de uma companhia estrangeira, que será definida em 2011, disse Córdoba.
O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, afirmou no domingo que a Bolívia recebeu propostas de empresas de Brasil, França, China, Estados Unidos, Rússia e Coréia do Sul. Em junho, o Ministério da Mineração anunciou que duas empresas finlandesas ofereceram investimento e tecnologia para desenvolver uma indústria de baterias de lítio.
Fonte: Revista Época