Governo da Bahia libera poços em cidade produtora de urânio

O Instituto de Gestão de Águas e Clima da Bahia (Ingá) concluiu que são normais os teores de urânio presentes nas águas dos poços da região de Caetité

Dessa forma, o Ingá recomendou à Prefeitura Municipal que libere os poços que foram interditados em novembro do ano passado. Em nota técnica datada de 14 de abril e só agora divulgada, o Ingá informa que a radiação natural nas águas é "condição normal na região".

Nos municípios de Caetité e Lagoa Real, situados no sudoeste da Bahia, encontra-se uma das maiores reservas brasileiras de urânio. É nesta região, considerada uma província uranífera, que as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) exploram a única mina de urânio do país, extraindo e processando o minério que é utilizado para abastecer as usinas nucleares de Angra dos Reis.

No final do ano passado, a partir de denúncias sem base técnica, feitas por grupos ambientalistas, o Ingá interditou poços na região. Em março deste ano, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) informou ao Ingá que "os estudos do sistema hidrogeológico e da distribuição de radioatividade na região mostram que a ocorrência do urânio nas águas subterrâneas é natural, não podendo ser atribuída às atividades de mineração e beneficiamento de urânio". A entidade assegurou que os teores de urânio nas águas não justificava o fechamento dos poços.

A nota técnica do Ingá libera para consumo as águas dos oito poços interditados, localizados nos municípios de Caetité, Lagoa Real e Livramento de Nossa Senhora; somente um poço, situado no distrito de Juazeiro e que há 10 anos se encontra fechado por decisão da área de proteção radiológica da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), continuará interditado. Ele é utilizado apenas para monitoramento dos níveis de urânio em suas águas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da INB

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