Valor da produção mineral será recorde: US$ 39 bi




O elevado preço do minério de ferro, e o de outros minérios, também terá impacto sobre o valor da produção do setor no país, que este ano deverá bater o recorde de US$39 bilhões, projeta o Ibram. Até a semana passada, o instituto trabalhava com a cifra de US$35 bilhões.

 

Com demanda e preços em alta, os investimentos não param de crescer. O Ibram calcula estes em US$62 bilhões no período entre 2010 e 2014, superior ao nível pré-crise (US$57 bilhões em 2008-2012).

 

O superávit do setor mineral seria maior se não fosse a elevada dependência externa em carvão mineral e potássio. Juntos, estes responderam por 76% das importações em 2009, ou US$5,4 bilhões.

 

Este ano, o cenário deve se repetir. Penna, do Ibram, lembra que, no caso do carvão, não há muito o que fazer. O carvão encontrado no Brasil é o chamado energético, usado na geração de energia térmica. O siderúrgico, que queima nos altos-fornos e é essencial à produção do aço, é raro por aqui.

 

No caso do potássio, usado na produção de fertilizantes, essa dependência pode ser reduzida com mais investimentos em pesquisa e redução da carga tributária, diz Penna: — Só conhecemos adequadamente, do ponto de vista geológico, 25% do território nacional.

 

E só recebemos 3% do investimento privado global em pesquisa mineral em 2009. Além disso, temos a maior carga tributária mundial para o potássio. O Brasil importa 92% do potássio que consume, sendo o maior comprador mundial do produto.

 

Fonte: O Globo

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