Bahia mira 4º lugar na produção mineral do país

Com uma produção superior a 5 milhões de toneladas por ano, a Bahia gerou em R$ 26 milhões em impostos do CFEM  – Contribuição Financeira de Extração Mineral, e totalizou R$ 15 milhões em royalties. Segundo a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), a Bahia ocupa a 5ª posição no ranking nacional em produção mineral devendo atingir, ainda em 2011, a quarta colocação.

“Nos últimos cinco anos, os investimentos privados no Estado somaram R$ 1,290 bilhão, em empreendimentos como o níquel de Itagibá, com aportes de R$ 886 milhões, vanádio em Maracás, com R$270 milhões, fosfato em Irecê, representando R$ 25 milhões, e ouro Maria Preta, na região de Santa Luz, com R$ 83 milhões, além da bentonita, com aportes de R$ 80 milhões em Vitória da Conquista”, disse o presidente da CBPM, Alexandre Brust.

A mineração baiana gera o equivalente de 2,7% do PIB estadual, o que representa R$2,46 bilhões, informa a CBPM. Apenas a extração de petróleo e gás natural respondem por 55% do valor e o restante é gerado por uma pauta de 34 bens minerais.

Brust revela que a expectativa do níquel de Itagibá é de movimentar 6 milhões de toneladas por ano. “Em apenas três dos empreendimentos devemos contabilizar mais de 600 empregos. Estamos focando em pesquisas no Estado e dirigindo as demandas para atender o mercado nacional e internacional. Investimos R$ 15 milhões em pesquisas em 2010 e pretendemos manter esse orçamento neste ano”, comentou.

Mais de 350 empresas

 Para o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena Neto, a Bahia é na atualidade o estado brasileiro com maior potencial em termos de novas minas no Brasil. “O estado produz 40 tipos diferentes de minérios e mais de 350 empresas estão estabelecidas no segmento de mineração, sendo a produção baiana diversificada”, argumentou.

“Há grande expectativa de ampliação da produção estadual com a entrada em operação das empresas que atuarão nas produções de ferro, vanádio e bauxita. Minas Gerais, considerado o maior produtor de minérios do Brasil, tem a produção concentrada em ferro. Na Bahia, ela fica situada na região do semiárido, principalmente a produção ourífera”.

No ranking nacional, além do líder Minas Gerais, o estado do Pará está na segunda colocação. O terceiro é Goiás, seguido de São Paulo, cuja característica deste estado, de acordo com o diretor técnico, é centrar a produção em minerais industriais a exemplo de areia e brita. O estado da Bahia ocupa a primeira colocação entre os estados brasileiros na produção de urânio, barita, cromita, magnesita, talco e salgema; e o segundo maior produtor nacional em produção de cobre, bentonita, níquel e gemas como ametista, esmeralda e água marinha.

Fonte: Tribuna da Bahia

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