A recente viagem da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, à China produziu intensa e extensa cobertura dos meios de comunicação, algo absolutamente natural quando lembramos, como destaca a Veja, que "as trocas comerciais entre o Brasil e a China aumentaram mais de 20 vezes – de 2,3 bilhões de dólares, em 2000, para 56,4 bilhões de dólares, em 2010 (sendo 30,8 bilhões de dólares de exportação do Brasil para a China e 25,6 bilhões de dólares de importações da China pelo Brasil): "mas o Brasil exporta essencialmente bens primários, sobretudo soja, minério de ferro e, agora, petróleo", destaca a Revista.

Por sua vez, estudo divulgado, também recentemente, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC), vem de nos informar que "o empresariado chinês injetou no Brasil, de 2003 a janeiro de 2011, US$ 37,1 bilhões, totalizando 86 operações em novos negócios, fusões e aquisições, dos quais 56,7% foram destinadas ao setor de metais – incluídas as atividades de extração e de metalurgia -, seguido pelo segmento de petróleo, gás e carvão (28%), segundo o jornal Hoje em Dia: ou seja, a Mineração recebeu 84,5% do total.

E o interesse chinês não para por aí. O jornal Estado de Minas, logo após o retorno da Presidente Dilma ao Brasil, divulgou que "novos investimentos chineses alimentam a corrida atrás do minério de ferro no Norte de Minas, considerado uma nova fronteira da Mineração no Estado", "com planos de aplicar até US$ 200 milhões em pesquisa de minério de ferro na região do Rio Pardo de Minas, a 681 quilômetros de Belo Horizonte": o mesmo jornal destaca, nesta sua matéria, que "a participação chinesa nas pesquisas de minério de ferro no Norte de Minas já havia se concretizado no fim de 2009, por meio do anúncio da venda de um projeto de mineração da Votorantim Novos Negócios à chinesa Honbridge Holdings, no valor de US$ 430 milhões".

Por seu turno, o Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram vem de divulgar que "o volume total de recursos investidos no setor de mineração no Brasil no período de 2011 a 2015 alcançará a marca de US$ 64 bilhões", valor este, como destaca o Ibram, "é mais de 4% maior do que o registrado no último estudo (do Ibram), em agosto 2010, quando o valor chegou a cifra de US$ 62 bilhões (no período de 2010 a 2014)".

O que mais vale destacar, a nosso ver, de todo o acima exposto, é que, embora a Mineração continue a líder da Indústria brasileira – e, cada vez mais, com maior conteúdo tecnológico, como a revista Minérios & Minerales tem destacado, divulgado e premiado -, a percepção geral, ainda hoje, não é a de que Mineração, no Século XXI é, essencialmente, Tecnologia: assim, temos muito que nos esforçar em divulgarmos esta verdade, até porque isso é fundamental para a melhor compreensão da importância de nossa atividade.