A Largo Resources vai realizar uma colocação privada de títulos, sem intermediários, para levantar 23,58 milhões de dólares canadenses, cerca de US$ 17,45 milhões. A mineradora, dona de uma mina de vanádio em Maracás (BA), tem até 10 de janeiro para levantar US$ 15 milhões, uma das condições para que tenha acesso a uma linha de financiamento de R$ 140 milhões em 2017.

As 52,4 milhões de unidades da companhia serão vendidas por 45 centavos de dólar canadense cada, o que mostra um desconto de 13,5% em relação à média de preço das ações negociadas na bolsa de Toronto em cinco dias, até 13 de dezembro. Cada unidade é formada por uma ação ordinária mais uma opção de compra de ação ordinária. Acionistas atuais, como a ARC Funds, podem comprar até a totalidade das unidades ofertadas.

"Como foi divulgado em um comunicado de imprensa de 16 de novembro de 2016, um consórcio de bancos comerciais brasileiros, que oferecem uma linha de crédito, exigem que seja injetado na forma de capital de giro na subsidiária operacional, não menos do que US$ 15 milhões até 31 de dezembro", diz comunicado da Largo. Essa data foi postergada para o dia 10 de janeiro de 2017, segundo nota divulgada nesta semana.

A controladora da mineradora Vanádio Maracás, em Maracás (BA) disse no fim de novembro que concluiu um acordo com um consórcio de bancos no Brasil para ter uma nova linha de crédito no valor de R$ 140 milhões em 2017.

De acordo com a Largo, os recursos da nova linha de crédito serão usados no pagamento do principal e de juros de um financiamento feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como no pagamento "de linhas de crédito de certos bancos" que fazem parte do consórcio e que vencem em 2017. A carência para o pagamento dessa nova linha de crédito vai até março de 2018 e a mineradora terá 56 meses para quitá-lo. A taxa de juros será o CDI mais 5,7% ao ano.